O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou neste sábado (27) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se candidatar à reeleição em 2026. “Ele é candidato a presidente, sim”, disse o petista ao Podcast 3 Irmãos.
Questionado sobre a possibilidade de ele próprio voltar a disputar a Presidência em 2030, o ministro respondeu que, até lá, “muita coisa pode acontecer”.
No início deste mês, em entrevista ao SBT, Lula, que tem 79 anos, disse que “só tem uma hipótese de eu não ser candidato: é se eu tiver algum problema de saúde, ou se aparecer um candidato melhor do que eu”.
Haddad é sempre citado como um eventual sucessor de Lula como candidato do PT à Presidência. Em 2018, ele foi escolhido pelo presidente, que estava preso, para disputar contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, e perdeu.
Na entrevista ao podcast, neste sábado, Haddad minimizou a derrota. “Se não fosse a facada, será que o Bolsonaro seria eleito presidente? Possivelmente não.” Para ele, uma candidatura à Presidência depende de circunstâncias e do destino.
Ele também disse ser “uma loucura” condicionar a aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha salário de até R$ 5 mil à votação da anistia, na Câmara, para os condenados pelo 8 de janeiro de 2023 – a proposta beneficia Bolsonaro.
“Nem me passa pela cabeça que isso possa estar sendo discutido, porque é uma loucura. Você vai submeter um projeto de justiça social, justiça tributária a isso? Faz a discussão que quiser, mas atrelar uma coisa à outra? Em vez de ser um dia de festa, que dia é esse? Vota com a tua consciência no projeto de imposto de renda”, disse.
Relator do projeto da anistia, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), disse na última quinta-feira (24) que caso o perdão aos condenados não fosse votado antes, a proposta da isenção estaria em risco. “Tudo leva a crer que o texto será votado na terça (30). Acho, inclusive, que se não votar, não votamos IR”, disse.