terça-feira , 2 setembro 2025
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Haddad conta com indiciamento de Eduardo para “distensionar” relação Brasil-EUA

O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, acredita que o indiciamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), vai ajudar a “distensionar” a guerra tarifária entre os Estados Unidos e o Brasil. Eles foram indiciados na semana retrasada por tentativa de obstrução de Justiça no processo da suposta tentativa de golpe de Estado que levará o ex-presidente ao banco dos réus do Supremo Tribunal Federal (STF) a partir desta terça (2).

Eduardo e o pai foram indiciados no âmbito da investigação sobre a atuação do deputado nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras, com a articulação de sanções como o tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para lá, suspensão de vistos americanos e aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes.

“Acredito que depois da quebra de sigilo… O governo americano pode até fingir que não viu, mas viu. [A embaixada] vai ter de informar à Casa Branca o que está acontecendo aqui. Aquela troca de mensagens entre filhos e pai, como [eles] retratam a situação já deve ter chegado ao governo dos Estados Unidos. Se conheço bem ali, o estado vai distensionar”, afirmou Haddad em entrevista à BandNews transmitida neste domingo (31).

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Segundo o relatório da Polícia Federal que levou ao indiciamento de Eduardo e o pai, mensagens mostram uma articulação do deputado junto a autoridades americanas, mas também sinaliza uma suposta tentativa de “ludibriar” o governo dos Estados Unidos. “Torce para a inteligência americana não levar isso aqui ao conhecimento do Trump”, diz uma mensagem que a polícia não conseguiu recuperar o conteúdo na íntegra.

Além da crença de que as mensagens de Eduardo ao pai podem ajudar a diminuir a tensão entre os Estados Unidos e o Brasil, Haddad ainda criticou que as decisões americanas têm sido unilaterais e determinadas apenas pelo presidente Donald Trump, sem qualquer participação do Congresso.

“O governo dos Estados Unidos tem tido uma postura errática em temas variados e está centralizado em uma pessoa só. Você não ouve falar do Congresso, sai tudo de uma cabeça. É um modo de governar sem precedentes naquele país”, disparou.

Para o ministro, a tarifa de 50% ao Brasil “não é apenas injusta” e nem racional. Haddad diz que a sobretaxa “não tem lógica econômica”.

“Penso que vai se abrir espaço [para negociação], a não ser que alguém sugira ao presidente americano que uma escalada [de sanções] vai trazer alguma vantagem. Não acredito que vai acontecer, mas pode acontecer”, completou.

A tensão entre os dois governos se acirrou também em meio às negociações, em que o alto escalão americano cortou a comunicação com o Brasil. Haddad chegou a ter uma conversa agendada com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, mas que foi cancelada unilateralmente por motivos de agenda.

Dias depois, Bessent apareceu em uma foto após uma reunião com Eduardo e o jornalista Paulo Figueiredo.

O vice-presidente Geraldo Alckmin também lamentou, dias depois, que estava sem conversar com o secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, “há algumas semanas”, e que havia alguma negociação apenas em nível técnico.

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