O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (22) que cancelou a permissão da Universidade de Harvard para matricular estudantes estrangeiros. A medida também força os alunos de outros países já matriculados na instituição a se transferirem para outras universidades.
“Harvard não pode mais matricular estudantes estrangeiros e os estudantes estrangeiros existentes devem ser transferidos ou perderão seu status legal”, afirmou o Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS, na sigla em inglês) em um comunicado.
Segundo informações da agência Reuters, a pasta acusou Harvard de “fomentar a violência, o antissemitismo e de fazer articulações com o Partido Comunista Chinês”.
Em nota, a universidade classificou a medida como “ilegal” e se disse “totalmente comprometida em manter a capacidade de Harvard de receber estudantes e acadêmicos estrangeiros, vindos de mais de 140 países e que enriquecem a universidade – e esta nação – imensamente”.
“Estamos trabalhando rapidamente para fornecer orientação e apoio aos membros da nossa comunidade. Esta ação retaliatória ameaça causar sérios danos à comunidade de Harvard e ao nosso país, além de minar a missão acadêmica e de pesquisa de Harvard”, disse o porta-voz da universidade, Jason Newton, de acordo com informações da emissora CNN.
Desde o início da segunda gestão Trump, em janeiro, o governo dos Estados Unidos vem acusando Harvard de não combater o antissemitismo dentro da universidade e de implementar políticas educacionais não baseadas no mérito.
O governo Trump estabeleceu uma série de mudanças a serem implementadas pela universidade, que se recusou – o que levou ao corte de bilhões de dólares em verbas federais.