O Ministério das Cidades solicitou ao Conselho Curador do FGTS a liberação de R$ 160,5 bilhões para o orçamento de 2026, destinados a financiamentos nos setores de habitação, saneamento, mobilidade urbana e infraestrutura.
O valor representa um aumento de cerca de 5% em relação ao montante de R$ 152 bilhões autorizado para 2025, segundo afirmou o ministro Jader Filho ao jornal O Globo.
“Não é só o Minha Casa, Minha Vida. Parte disso é para saneamento, mobilidade e obras de infraestrutura nas cidades”, disse o ministro, destacando a expansão do volume de recursos, que era de R$ 66 bilhões em 2023.
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Habitação como prioridade
Do total solicitado, R$ 144,5 bilhões deverão ser destinados ao setor habitacional, principalmente ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV) — um crescimento de 1,8% em relação a 2025.
A demanda por crédito imobiliário tem sido tão elevada que, em 2024, o governo precisou remanejar R$ 10 bilhões adicionais para o programa após o esgotamento das verbas previstas.
O fortalecimento da política habitacional é uma das apostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para estimular a economia e recuperar apoio da classe média e de baixa renda.
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O pedido de ampliação de recursos ocorre no mesmo momento em que o governo lançou o Programa Reforma Casa Brasil, voltado à melhoria de moradias já existentes.
A iniciativa prevê R$ 40 bilhões em crédito habitacional — R$ 30 bilhões do Fundo Social e R$ 10 bilhões do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) — com juros reduzidos e suporte técnico gratuito para execução das obras.
O programa é voltado a famílias com renda de até R$ 9.600 e permitirá empréstimos de até R$ 30 mil. A meta é atingir 1,5 milhão de famílias até 2026, com operações iniciando em novembro.
Além disso, o governo criou a Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida, voltada a famílias com renda entre R$ 8.600 e R$ 12 mil, ampliando o alcance da política habitacional.
Crédito imobiliário
O governo também anunciou um novo modelo de crédito com recursos da poupança (SBPE), com potencial de injeção de R$ 50 bilhões adicionais no mercado imobiliário em um ano.
O teto dos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) foi atualizado, e 80% dos novos contratos com recursos do SBPE deverão se enquadrar no SFH, que tem juros limitados a 12% ao ano.
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