O governo do estado do Rio de Janeiro confirmou nesta quarta (29) que 119 pessoas morreram durante a megaoperação realizada na véspera nos complexos do Alemão e da Penha, na zona Norte da capital fluminense. Segundo as informações oficiais, foram 115 pessoas suspeitas de integrarem o Comando Vermelho, consideradas “narcoterroristas neutralizados”, e quatro policiais.
A operação foi defendida pelas forças de segurança do estado, afirmando que o planejamento foi “muito intenso” durante um ano e que envolveu a polícia do Rio de Janeiro e de outros estados, principalmente do Pará, já que integrantes da facção estavam abrigados nas comunidades cariocas.
“Essa alta letalidade que se verificou era previsível, mas não era desejada. Todo trabalho da polícia era dar cumprimento aos mandados”, afirmou o secretário de segurança pública do estado, Victor Santos, classificando os óbitos como “dano colateral muito pequeno”. Ao todo, 113 pessoas foram presas (33 de outros estados), dos 100 mandados que deveriam ser cumpridos e 180 de busca e apreensão.
Na contabilidade dos mortos, o secretário Felipe Curi, da Policia Civil do Rio de Janeiro, considerou os 61 corpos encontrados desde a madrugada por moradores do Complexo da Penha. Lideranças locais, no entanto, afirmam terem encontrado mais de 70 durante as buscas.
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Santos explicou que, entre pessoas inocentes, quatro foram baleadas sem gravidade, enquanto que os policiais que agiram na operação foram fortemente atingidos pela reação dos criminosos. A estratégia adotada, segundo o secretário, foi entrar nas comunidades para empurrar os “marginais fortemente armados” para a área de mata, onde encontraram as forças de segurança.
“Parte desses criminosos resolveu enfrentar o estado e atacar os nossos policiais, quatro morreram e dezenas ficaram feridos”, citou. Ao todo, cerca de 2,5 mil agentes da segurança participaram da ação.
Já o coronel Marcelo Menezes, secretário estadual da Polícia Militar do estado, afirmou que parte dos corpos encontrados nesta quarta (29) por moradores do Complexo da Penha é de criminosos que fugiram, por conta das roupas camufladas que utilizaram durante a fuga da ação. A identidade deles será apurada pela perícia.
Ainda de acordo com ele, a estratégia montou um “muro do Bope” para encurralar os criminosos na mata da comunidade, em uma operação que durou das 6h às 21h.
“Distribuímos as tropas pelo terreno. O diferencial, em relação às imagens que mostravam criminosos fortemente armados buscando refúgio na área de mata, foi a incursão dos agentes do Bope na parte mais alta da montanha que separa as duas comunidades. Essa ação criou o que chamamos de ‘muro do Bope’, uma linha de contenção formada por policiais que empurravam os criminosos para o topo da montanha”, completou.
Victor Soares justificou a complexidade da operação com o tamanho da população do Rio de Janeiro que vive em favelas, de quase ¼ da população, enquanto que o percentual no Brasil é de 8,1%. “São 9 milhões de metros quadrados de desordem na Penha e no Alemão”, pontuou.
Curi foi além e criticou duramente os ataques que as autoridades policiais do estado têm recebido devido à letalidade da operação. Ele classificou o Comando Vermelho como uma “organização criminosa terrorista” que se teima em não reconhecer assim, e que o grupo expandiu a atuação para quase todos os estados do país.
“Pra quem diz que não houve planejamento, que não houve inteligência, quem tá falando isso não tem a menor ideia do que tá falando. Surgem um bando de engenheiros de obra pronta, uma série de falsos especialistas em segurança que nunca sequer participaram de uma investigação e começa a falar um monte de besteiras na televisão”, disparou.
Ainda durante a entrevista coletiva de atualização dos resultados da operação, as forças policiais informaram que 118 armas foram apreendidas, sendo 91 fuzis, 26 pistolas e revólveres e centenas de carregadores e munições. Também foram encontradas toneladas de drogas, que ainda estão sendo contabilizadas.
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