Um grande júri federal no estado americano de Maryland indiciou nesta quinta-feira (16) o ex-assessor de segurança nacional John Bolton, ex-aliado do presidente Donald Trump que se tornou desafeto do mandatário republicano.
Segundo informações da emissora CNN, Bolton é acusado de ter compartilhado informações sigilosas com sua esposa e filha por e-mail.
Em agosto, agentes do FBI haviam cumprido mandados de busca na casa de Bolton em Maryland e em seu escritório em Washington, onde foram apreendidos documentos com as marcações “secreto”, “confidencial” e “classificado”, incluindo alguns sobre armas de destruição em massa, de acordo com os autos judiciais.
Bolton deve se apresentar em um tribunal em Marlyand na sexta-feira (17). Ele foi assessor de segurança nacional entre abril de 2018 e setembro de 2019, no primeiro mandato de Trump, mas deixou o governo devido a divergências com o presidente sobre temas como Irã e Coreia do Norte.
Bolton se tornou comentarista em emissoras de TV e passou a criticar Trump. Seus advogados ainda não se pronunciaram sobre o indiciamento.
Nesta quinta-feira, Trump foi informado por uma jornalista na Casa Branca sobre o indiciamento do desafeto. “Eu não sabia disso — você está me falando pela primeira vez, mas acho que ele é, sabe, uma má pessoa. Acho que ele é um cara mau”, disse o presidente.