Em um vídeo pré-gravado, a ativista sueca Greta Thunberg, uma das líderes da Flotilha Global Sumud, interceptada pela Marinha israelense na quarta-feira (1º) no Mar Mediterrâneo, descreveu a iminente abordagem de Israel como um sequestro.
“Meu nome é Greta Thunberg e sou cidadã sueca. Se você está assistindo a este vídeo, fui sequestrada e levada contra a minha vontade pelas forças israelenses. Nossa missão humanitária foi pacífica e respeitosa ao direito internacional. Por favor, peçam ao meu governo que exija a minha libertação imediata, assim como a dos outros”, disse Thunberg no vídeo, divulgado nesta quinta-feira (2) por agências de notícias.
Na quarta-feira, o governo de Israel informou que a ativista sueca estava em um dos primeiros barcos da Flotilha Global Sumud que foram interceptados.
Assim como os demais ativistas, ela foi presa e levada para Israel, de onde será deportada. O Ministério das Relações Exteriores de Israel publicou no X um vídeo do momento da detenção de Thunberg e garantiu que ela “e seus amigos estão seguros e saudáveis”.
Segundo informações do jornal The Times of Israel, 41 barcos da flotilha foram abordados e cerca de 400 ativistas foram detidos.
Eles planejavam levar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, mas Israel considerou o plano uma “provocação”, já que há um bloqueio naval na região.
Antes da abordagem, os ativistas haviam recusado propostas para entregar os suprimentos no Chipre e no porto israelense de Ashdod.
Em junho, Greta Thunberg já havia tentado atracar com um navio com ajuda humanitária na Faixa de Gaza junto de outros manifestantes, mas foi impedida por Israel.