A ditadura da Venezuela anunciou nesta sexta-feira (23) que prendeu o líder da oposição Juan Pablo Guanipa, membro do partido Primeiro Justiça, aumentando a repressão às vésperas das eleições legislativas e regionais de domingo (25).
Segundo informações do site Efecto Cocuyo, o ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Diosdado Cabello, considerado o número 2 do chavismo, alegou numa entrevista coletiva que nas buscas a Guanipa e outros detidos teriam sido apreendidos armas, explosivos, dinheiro, telefones celulares e um laptop que supostamente continha informações de um plano para atentados em Caracas.
O líder opositor, preso na capital venezuelana, estava escondido desde o ano passado devido à perseguição que o chavismo promoveu depois da fraude eleitoral de julho, que manteve o ditador Nicolás Maduro no poder.
Cabello disse que, além de Guanipa, outras dez pessoas foram detidas; somadas a outras que foram presas desde o início da semana, já são 70 detenções na atual onda de repressão.
Entre os presos, segundo o chavismo, há estrangeiros, como quatro paquistaneses e um cidadão alemão, além de um argentino, um búlgaro e um espanhol detidos na quarta-feira (21) – o último já foi libertado, segundo informações obtidas pela Agência EFE.
Denúncias sem provas são uma tradição no chavismo, que as utiliza para prender adversários políticos e tomar medidas agressivas contra outros países, estratégia que é intensificada perto de eleições na Venezuela.