O advogado Celso Vilardi, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta terça-feira (2) que o cliente “não está bem de saúde” e, por isso, não comparecerá ao julgamento da trama golpista em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
A declaração foi dada na chegada à Corte, pouco antes do início da sessão que marca a análise do chamado núcleo crucial da suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, após descumprir medidas cautelares impostas no inquérito que apura ataques ao STF e tentativas de submeter a Corte à influência estrangeira.
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Segundo aliados, o ex-presidente tem enfrentado crises recorrentes de soluço e refluxo, motivo pelo qual sua defesa já solicitou autorização para realização de novos exames médicos.
Caso optasse por acompanhar as sessões de forma presencial, Bolsonaro dependeria de uma autorização judicial — pedido que não foi feito pela defesa. Assim, ele acompanhará de casa o julgamento em que responde, junto a outros sete réus, por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
O julgamento, conduzido pela Primeira Turma do STF, deve se estender até 12 de setembro e terá como relator o ministro Alexandre de Moraes.
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A expectativa entre magistrados é de condenação da maioria dos réus, embora haja divergências sobre a dosimetria das penas — tema que deve expor diferenças de entendimento dentro do colegiado, especialmente no voto do ministro Luiz Fux, que em outros julgamentos já defendeu punições mais brandas.