GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT
O show da banda Guns N’ Roses, marcado para o dia 31 de outubro na Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), está no centro de uma disputa judicial entre as empresas LPV Business e Entrel Entretenimento, que divergem sobre quem detém os direitos de produção do evento.
A LPV Business, responsável pela captação de investimentos e parte da operação, afirma ter pago R$ 500 mil à Entrel como adiantamento contratual, aguardando os documentos que comprovariam a cessão da data, o contrato com a banda e o acordo com a plataforma Bilheteria Digital. Segundo a empresa, esses documentos nunca foram apresentados, e a Entrel ainda teria exigido mais R$ 4,3 milhões, sob ameaça de cancelamento do show.
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Diante do impasse, a LPV acionou a Justiça pedindo a suspensão dos pagamentos e a exibição dos contratos. O caso tramita na 11ª Vara Cível de Goiânia (GO) e, em decisão inicial, a juíza Luciana Monteiro Amaral determinou que a Entrel apresente, em até dez dias, o contrato com o Guns N’ Roses, a cessão da data da Arena Pantanal e o contrato com a Bilheteria Digital. Enquanto isso, a LPV está desobrigada de realizar novos pagamentos.
A magistrada destacou que há “indícios de irregularidade” na conduta da Entrel e que a ausência de documentação representa risco de prejuízo elevado, já que os ingressos estão sendo vendidos e a estrutura do evento está em andamento sem garantias formais.
O processo ganhou novos capítulos quando a Entrel informou ter firmado uma nova parceria para realizar o show, sem rescindir oficialmente o contrato anterior com a LPV. Para a produtora, a manobra representa quebra de boa-fé contratual, pois a negociação com terceiros teria ocorrido de forma paralela.
Em decisão recente, o desembargador Breno Caiado, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), avaliou que não ficou comprovada a rescisão contratual entre as partes. Ele determinou que a Entrel apresente os documentos exigidos e manteve suspensa a exigência de novos pagamentos pela LPV.
A produtora também chegou a pedir o bloqueio da bilheteria do evento, alegando risco de dissipação dos valores arrecadados, mas o pedido foi negado. O magistrado entendeu que os recursos obtidos com a venda de ingressos são de responsabilidade da Entrel e que o bloqueio poderia comprometer a realização do show e prejudicar consumidores.
Em nota, a LPV Business informou que segue mobilizada para garantir a realização segura e transparente do evento, preservando os direitos de consumidores, fornecedores e patrocinadores.
“Nosso compromisso é com a legalidade, a boa-fé e o público que aguarda o show”, declarou a empresa.
Com a disputa em andamento e a decisão judicial ainda pendente de cumprimento, o futuro do show do Guns N’ Roses em Cuiabá segue indefinido.
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