O diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Sousa Pereira, afirmou que o preço das passagens de aeroporto não depende apenas dos impostos cobrados. Para Tiago, as receitas geradas pelo comércio nos aeroportos “têm uma participação importante para o operador da concessão”. Para ele, isso possibilita “que a nossa tarifa aeroportuária seja a menor do mundo.”
A declaração ocorreu durante o Regulation Week FGV, que começou na última quarta-feira (8), no Rio de Janeiro. A tarifa aeroportuária é, na verdade o conjunto formado por tarifas de embarque, conexão, pouso, permanência, armazenagem e movimentação de cargas.
A Anac estima que o comércio responde por cerca de 55% a 60% da arrecadação dos aeroportos. Por outro lado, os ganhos obtidos graças à concessão concedida pelo governo do direito de explorar a atividade aeroportuária giram entre 40% e 45%.
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Dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) demonstram, de fato, uma queda de 7% no preço das passagens aéreas nos últimos 12 meses. Em contrapartida, o preço dos alimentos subiu 6,6% no mesmo período. No meio da média geral temos, por exemplo, o pão de queijo, alimento comum em aeroportos. Ele subiu 8,1% nos últimos 12 meses. Acompanhado dele, geralmente o passageiro bebe uma xícara de café. A bebida, sem sua versão final, subiu 15,4%, alta influenciada pela alta de 38,3% no pó de café.
Abrindo, por fim, o leque para as outras modalidades, temos que o custo do transporte acumula sucessivas altas desde julho de 2023. Em setembro do mesmo ano, tivemos a maior variação, com alta de 7,7%. Desde junho de 2025, porém, o encarecimento tem diminuído. Mesmo assim, o último IPCA demonstra aumento de 3,2% nos últimos 12 meses.