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Defesa de Bolsonaro acusa Cid de mentir e pede anulação de delação ao STF

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu nesta segunda-feira (16) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a anulação do acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência. Os advogados consideram que Cid mentiu ao ser interrogado por Moraes, no último dia 9, e descumpriu as cláusulas de sigilo do acordo.

“O delator mentiu de novo, e tem mentido para acobertar suas sucessivas mentiras e que alcançam também os depoimentos prestados. Os fatos trazidos a público após os interrogatórios são graves, para dizer o mínimo e muito pouco”, diz um trecho do documento.

A petição foi apresentada após a revista Veja revelar que o militar teria usado um perfil no Instagram para se comunicar com um aliado do ex-mandatário durante o processo de colaboração. Segundo a publicação, ele teria usado o perfil “gabrielar702” na conversa. O interlocutor não foi identificado.

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Nelas, o tenente-coronel teria dito que a Polícia Federal tentou manipular os depoimentos da delação premiada e criticou Moraes. A defesa do tenente-coronel alega que o perfil nunca foi usado por Cid e que, apesar de o nome “Gabriela” coincidir com o de sua esposa, não há relação.

O ex-ajudante de ordens foi questionado sobre o perfil “gabrielar702” durante seu interrogatório no STF pelo advogado Celso Vilardi, que representa Bolsonaro. “Quero saber se ele fez uso, em algum momento, para falar sobre a delação em um perfil no Instagram que não está no nome dele”, indagou o advogado. Cid negou.

A defesa do ex-presidente suspeita de que o militar usou o perfil para vazar informações sobre seus depoimentos da delação. “De fato, o teor das diversas mensagens expõe não só a falta de voluntariedade, mas especialmente a ausência de credibilidade da delação. Destarte, são nulos (porque ilícitos) os seus depoimentos e, também, as supostas provas dele decorrentes”, afirmam os advogados de Bolsonaro.

O acordo de delação impõe sigilo sobre depoimentos, sob risco de anulação dos benefícios, entre eles, a possibilidade de responder ao processo em liberdade. Além de negar a autoria das mensagens, Cid apontou a “total falsidade da matéria e de seu conteúdo”, classificando a reportagem da Veja como “mais uma miserável fake news”.

Na sexta-feira (13), Moraes acatou o pedido do advogado Cezar Bitencourt, responsável pela defesa do militar, para investigar o perfil. O ministro pediu à Meta as mensagens enviadas e recebidas pelo perfil no período de 1º de maio de 2023 a 13 de junho de 2025, dados cadastrais e outras informações.

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