A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou nesta quinta-feira (18) convites para depoimentos do advogado-geral da União, Jorge Messias, do controlador-geral da União, Vinicius de Carvalho, e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Em maio, a Advocacia-Geral da União (AGU) deixou de fora de uma lista de bloqueios de bens por fraudes no INSS quatro entidades que haviam sido citadas pela Polícia Federal por suspeita de lesarem beneficiários através de descontos associativos irregulares.
Entre elas estavam o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), que tem como vice-presidente José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que recebeu R$ 3,6 bilhões em repasses da Previdência Social nos últimos dez anos.
Messias deve ser indagado pela comissão sobre os motivos que levaram a a AGU a não incluir algumas associações que foram citadas em investigação da Polícia Federal nos pedidos de bloqueio de recursos feitos pelo órgão para ressarcir aposentados
Os chefes da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal devem ser ouvidos pois as instituições realizaram investigações sobre o esquema de fraudes.
A CPMI também aprovou convite ao ex-secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, que ocupou o cargo durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Entre 2021 e 2022, Bianco também exerceu a função de advogado-geral da União.
Os requerimentos, que inicialmente previam convocações – de comparecimento obrigatório –, foram transformados em convites após acordo entre os parlamentares.
Além disso, a comissão aprovou convocações de empresários, presidentes e dirigentes de associações suspeitas de realizar descontos ilegais nos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.