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Conheça os tipos mais comuns de golpes com Pix e saiba como se proteger

Com a popularização do Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central, criminosos têm aproveitado a agilidade da ferramenta para aplicar golpes virtuais cada vez mais sofisticados. Fraudes bancárias, estelionato virtual e ataques de engenharia social têm se tornado mais comuns e preocupantes.

O que era para ser uma solução prática e segura, virou alvo de quadrilhas que se aproveitam do medo e da falta de informação para enganar as vítimas. “É um golpe que utiliza do Pix por ser um meio de pagamento rápido. O valor cai na hora na conta. A não ser em alguns casos, em que os bancos têm um tempo curto para analisar a fraude, fica difícil reagir”, explica Sidnei Fernando, gerente de segurança da informação do Paraná Banco.

Segundo ele, a agilidade do sistema – justamente seu principal diferencial – também abre brechas na segurança digital. “Por conta da velocidade da transação, acaba sendo uma oportunidade para quem é mal intencionado”.

Caso você queira ficar bem informado e ter conhecimento sobre esse e outros tipos de fraudes que podem ocorrer digitalmente, inscreva-se no Curso “Na Mira dos Golpes”. Ministrado pelo Delegado Emmanoel David, é uma iniciativa Gazeta do Povo.

Tipos golpes com Pix: os mais comuns

As fraudes bancárias mais recorrentes envolvem a chamada Engenharia Social, técnica em que o golpista manipula a vítima psicologicamente, fingindo ser alguém de confiança.

“O mais comum é o criminoso ligar se passando por funcionário do banco. Ele tira o seu poder de reação. Antigamente era o golpe do bilhete premiado, hoje usam o medo: dizem que tem uma compra suspeita no seu cartão, mas que conseguem cancelar se você responder agora”, relata Sidnei.

Outro golpe frequente é o da mão fantasma. Nesse caso, o estelionatário liga para a vítima e afirma que há uma irregularidade na conta. A pessoa, sem perceber, é convencida a instalar um aplicativo ou software que permite o acesso remoto ao celular ou computador. “O banco nunca vai pedir isso. Mas, na hora, a pessoa não consegue raciocinar e acaba permitindo o acesso”, alerta o especialista.

Além disso, há tentativas de fraudes bancárias com QR Codes falsos e links maliciosos. O criminoso troca o código de pagamento em estabelecimentos ou envia links que, ao serem clicados, permitem o controle do aparelho da vítima. “Não clique em links desconhecidos. Pode ser um link que vai permitir ao fraudador se conectar na sua máquina”, diz Sidnei.

Celular aberto no Pix. A pessoa está fazendo a transferência e conferindo se não é um Golpe do Pix.Antes de fazer qualquer transferência, é necessário se atentar aos dados corretos para envio. (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

As principais vítimas dos golpes com Pix costumam ser as pessoas mais vulneráveis digitalmente. “Idosos ou quem não conhece o mundo digital são os alvos preferidos. Eles não sabem identificar essas situações e acabam sendo facilmente manipulados. O criminoso faz terrorismo emocional para impedir qualquer reação”, explica.

O que fazer se você cair em um golpe do Pix?

Se você for vítima de uma fraude bancária, é essencial agir rápido. “Entre em contato com a instituição financeira. O Pix tem um mecanismo chamado MED que permite o bloqueio entre instituições, mas os criminosos são muito rápidos”, afirma Sidnei.

Ele se refere ao Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix, uma ferramenta criada pelo Banco Central para facilitar a devolução de valores em casos de fraudes, golpes ou falhas operacionais nas transações Pix. Ele permite que as instituições financeiras bloqueiem temporariamente os recursos na conta do recebedor e analisem a situação para determinar se a devolução é necessária.

Na prática, os bancos enfrentam dificuldade em recuperar os valores, pois os golpistas costumam repassar rapidamente os recursos para diversas contas. “A pessoa transfere R$ 5 mil de um banco para outro. O fraudador, em segundos, já dividiu isso em cinco contas diferentes. É difícil acompanhar essa velocidade. Por isso, o primeiro passo é procurar o banco imediatamente”, explica.

Além disso, Sidnei orienta ainda que a vítima:

  1. registre um boletim de ocorrência;
  2. procure uma delegacia especializada em crimes virtuais, como o Nuciber, o Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil

É possível recuperar o dinheiro perdido na fraude do Pix?

Sim, em alguns casos. “A instituição pode ressarcir, mas depende de conseguir identificar o golpe”, pontua o gerente.

Como evitar golpes financeiros?

A principal estratégia é a prevenção. “Desconfie de ligações. O banco não vai instalar software, não existe ‘código’ que você tenha que passar. E o banco também não vai te ligar pedindo acesso remoto”, alerta Sidnei.

Segundo ele, as instituições financeiras têm sistemas automáticos de segurança. “Se você não responder, o próprio banco já identifica como tentativa de fraude.”

Outra orientação importante é verificar cuidadosamente os dados antes de fazer uma transferência. “Veja se a conta é realmente da pessoa ou da empresa. Se um hotel pedir uma transferência, confira o CNPJ, veja se faz sentido. E, principalmente: se o nome que aparece for ‘João da Silva’, desconfie. Banco não tem cofre digital com nome de pessoa física.”

Por fim, é importante desconfiar de promoções irresistíveis na internet. “Hotel, carro ou produto muito abaixo do preço de mercado? Tem um motivo. É melhor achar que é golpe do que acreditar que é verdade.” “É um exercício de paranoia”, resume Sidnei. “Muitas vezes vamos desconfiar de algo verdadeiro achando que é golpe. Mas é melhor achar que uma operação verdadeira é golpe, do que o contrário”, finaliza.

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