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Com “capitalismo para todos”, Rodrigo Paz é eleito presidente na Bolívia

Candidato mais votado no primeiro turno, Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), foi eleito presidente da Bolívia neste domingo (19). O nome dele foi confirmado após a apuração dos votos do segundo turno, inédito no país, pelas autoridades eleitorais. O vencedor obteve 54,5% dos votos.

Paz, que assim como seu adversário Jorge “Tuto” Quiroga, é de um partido de direita. Será a primeira vez desde 2006 (a única exceção foi o mandato interino de um ano de Jeanine Áñez, entre 2019 e 2020) que o partido Movimento ao Socialismo (MAS) não estará no comando do país.

Rodrigo Paz foi vereador e prefeito no departamento de Tarija e deputado nacional antes se tornar senador, em 2020. Durante a campanha, ele propôs um plano chamado “capitalismo para todos”, com a formalização de pequenas empresas e recuperação da confiança na economia para que os bolivianos tirem seus dólares que estão “debaixo do colchão”, como Javier Milei tenta fazer na Argentina.

Vice-presidente eleito da Bolívia pediu reconciliação

Após a divulgação dos resultados, o vice-presidente eleito Edmand Lara (PDC) enfatizou a necessidade de reconciliação no país. “Apostamos na mudança. Nos deram a oportunidade de governar a Bolívia para todos, por isso peço a unidade. Acabaram as cores da campanha política. É tempo de nos reconciliarmos. Que viva a Bolívia, que viva a democracia”, disse, em coletiva.

O objetivo principal dos novos mandatários é recuperar a estabilidade do país. A Bolívia vive uma das maiores crises econômicas da sua história, com escassez de combustíveis e dólares e uma inflação anual de mais de 23%, o que explica a forte rejeição à esquerda nas urnas.

A crise é tão grande que, a poucos dias do segundo turno, a presidente do tribunal eleitoral de La Paz, Sonia Yujra, disse à agência France-Presse (AFP) que a falta de combustível estava comprometendo a distribuição das urnas eleitorais.

Esse foi um tema abordado por Lara após a divulgação dos resultados. Segundo ele, “o fornecimento de diesel e gasolina deve ser garantido, e temos que acabar com a corrupção”.

Candidato derrotado atribui segundo turno inédito a erros do governo da Bolívia

Candidato derrotado no primeiro turno pelo partido Movimento ao Socialismo, o presidente do Senado da Bolívia, Andrónico Rodríguez, atribuiu o inédito segundo turno entre dois candidatos da direita à má gestão do governo do presidente Luis Arce.

Para Rodríguez, que também é sindicalista e ativista cocaleiro, afirmou que a corrupção e a atual divisão do país gerada pelo atual governo foram responsáveis pelo resultado. A prova da divisão, segundo ele, foi o apoio do ex-presidente Evo Morales, impedido de participar da disputa pela Justiça do país.

“Esta situação é consequência do voto nulo, da insistência em candidaturas únicas, do egoísmo e da mesquinharia em sua máxima expressão. Tentamos a unificação, mas não conseguimos. Tomamos decisões apressadas que não foram compreendidas. Esta é uma dura lição, e a experiência servirá para nos levantarmos e continuar com mais força”, completou.

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