O governador Cláudio Castro (PL-RJ), do Rio de Janeiro, cantou a música “Evidências” em um evento no Rio de Janeiro, na noite desta sexta (22), que tinha o ministro Alexandre de Moraes como um dos convidados.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram Castro no palco cantando acompanhado da banda que animava o evento, promovido por um grupo de empresários.
“E nessa loucura de dizer que não te quero, vou negando as aparências, disfarçando as evidências. Mas, para que viver fingindo se eu não posso enganar meu coração? Eu sei que te amo”, ressalta trecho divulgado pelo G1.
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A composição de autoria de José Augusto e Paulo Sérgio Valle se tornou um dos maiores sucessos da dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó. As imagens, no entanto, não identificam a quem Castro estaria dirigindo a cantoria.
A apresentação ao vivo do governador soltando a voz no evento é semelhante a participações de ministros do STF, como Luís Roberto Barroso, que também costuma cantar em eventos que participa.
No mesmo evento no Rio de Janeiro, Moraes e o colega André Mendonça divergiram em seus discursos ao tratarem da atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). O indicado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mandou um recado defendendo um Judiciário livre de ativismo e criticando decisões que, na visão dele, ultrapassam a lei,
“Estado de Direito demanda autocontenção do Poder Judiciário. Tenho legitimidade para dizer isso porque integro a mais alta corte do país. O Estado de Direito não significa a prevalência da vontade ou das pré-compreensões dos intérpretes da lei. Eu tenho meus valores, mas devo servir à lei e à Constituição”, afirmou no discurso pela manhã.
À tarde, Moraes rebateu e afirmou que o Judiciário precisa ser independente e não se curvar a acordos por receio da opinião pública.
“Eu posso garantir aos senhores e às senhoras que no Brasil o Judiciário é independente e é corajoso. Os ataques podem continuar a ser realizados, de dentro ou de fora, pouco importa. O juiz que não resiste à pressão que mude de profissão e vá fazer outra coisa na vida”, disparou.
O ministro emendou afirmando que o Judiciário independente é um obstáculo para a autocracia, citando que Adolf Hitler dominou a Europa durante a 2ª Guerra Mundial porque “em um determinado momento, se confundiu covardia com apaziguamento”.