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FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTER MT
O vereador Chico 2000 retornou à Câmara de Cuiabá nesta quinta-feira (4) e não poupou críticas ao delator da investigação que resultou no seu afastamento do cargo por 125 dias. Negando as acusações, o parlamentar classificou João Jorge Souza Catalan Mesquita como um “canalha”.
Chico foi alvo da Operação Perfídia, deflagrada pela Polícia Civil, em abril. Ele, junto ao vereador Sargento Joelson (PSB), foi acusado de receber propina para aprovar um projeto de lei que beneficiaria a empresa HB20 Construções Eireli, responsável pelas obras do Contorno Leste.
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A investigação começou após João Jorge, ex-funcionário da HB20 Construções Eireli, relatar o suposto esquema à polícia.
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Em entrevista à imprensa, Chico 2000 disse que nunca houve favorecimento à empresa e que durante sua gestão, a tramitação do projeto, que beneficiaria a HB20 Construções, ficou em análise por 42 dias.
“A Lei Orgânica e o regimento estabelecem um prazo máximo de 45 dias, a partir desta data não se vota mais nada. Que favorecimento? Favorecimento é quando você recebe uma matéria hoje e um ou dois dias depois coloca na pauta, aí sim pode existir a possibilidade de favorecimento”, pontuou.
Na época, Chico 2000 atuava como presidente da Mesa Diretora da Casa e tinha poder de influência sobre os demais vereadores, além de determinar o que era ou não votado em plenário. De acordo com as investigações, a propina teria sido paga ao Sargento Joelson, que recebeu R$ 250 mil, sendo R$150 mil via Pix e R$100 mil em espécie.
“Os documentos apresentados foram forjados. O cara tem a capivara que tem, responde todos os tipos de processo criminal, nas mais diversas qualificações. Isso foi muita covardia e os motivos que fizeram ele agir assim, eu não sei quais foram”, finalizou.
O retorno de Chico 2000 foi determinado pela Quarta Câmara Criminal, do Tribunal de Justiça, na segunda-feira (1).
