quarta-feira , 29 outubro 2025
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Cenário de guerra, caos colossal: megaoperação no Rio repercute na imprensa mundial





A operação policial que teve 81 presos e pode ter deixado mais de 100 mortos na Zona Norte do Rio de Janeiro, na terça-feira (28), repercutiu em nos principais veículos de imprensa do mundo.

O confronto, que também resultou na morte de quatro policiais, foi descrito por jornais estrangeiros como “a mais letal da história do estado” e um episódio que mergulhou a capital fluminense em “cenas de guerra”.

A ação ocorreu simultaneamente nos complexos da Penha e do Alemão, regiões dominadas por facções do tráfico e com cerca de 300 mil moradores. Segundo o governo do estado, o objetivo foi desarticular a estrutura do Comando Vermelho (CV), considerada a maior organização criminosa do Rio.

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“O Rio está em guerra”

O jornal britânico The Guardian abriu sua cobertura afirmando que o Rio de Janeiro “vive o pior dia de violência da história”. A publicação descreveu intensos tiroteios ao amanhecer e o uso de barricadas e incêndios por traficantes na tentativa de conter o avanço das forças policiais.

“A operação realizada antes do amanhecer provocou intensos tiroteios dentro e nos arredores das favelas do Alemão e da Penha (…). Traficantes começaram a atirar e incendiaram barricadas e carros enquanto policiais civis, militares e forças especiais avançavam”, escreveu o jornal.

A reportagem ainda classificou o Comando Vermelho como um dos grupos criminosos mais poderosos do país e destacou a proximidade dos confrontos com o Aeroporto Internacional do Galeão.

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Drones usados em ataques à polícia

Em Portugal, o Público ressaltou o uso de drones equipados com granadas por criminosos para atacar as forças de segurança. O jornal também destacou o caráter inédito da operação, que mobilizou 2.500 policiais civis e militares.

“A operação foi descrita pelo governo como a maior já realizada contra o Comando Vermelho”, informou o veículo, lembrando que a ação integra o plano estadual “Operação Contenção”, voltado a conter a expansão da facção.

Operações violentas

A rádio francesa RFI destacou o histórico de confrontos armados nas favelas cariocas e citou números recentes sobre letalidade policial. Segundo a emissora, cerca de 700 pessoas morreram em operações no estado em 2024, uma média de quase duas por dia.

“Operações policiais pesadas são comuns no Rio, principal polo turístico do Brasil, especialmente nas favelas densamente povoadas, frequentemente dominadas por traficantes”, registrou a reportagem.

O New York Times chamou a ação policial de “a mais mortal da história do Rio, com quatro policiais mortos e, ao menos, 60 pessoas mortas. Foi um ataque aos ‘narcoterroristas’, disse o governador do estado”.

“O Rio mergulhou no caos”

O jornal espanhol El País descreveu a capital fluminense como um “cenário de caos colossal”, com granadas lançadas de drones e tiroteios intensos. A reportagem destacou ainda o apelo do governador Cláudio Castro, que pediu apoio das Forças Armadas e criticou o governo federal.

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“O governador se queixou de que o Rio está sozinho nesta guerra”, escreveu o veículo, mencionando o desdobramento policial como um dos maiores já registrados na cidade.

Histórico do CV

Na Argentina, os jornais Clarín e La Nación também repercutiram a ofensiva. O Clarín afirmou que o Rio viveu “cenas de guerra urbana”, comparando as imagens da operação a conflitos armados.

Já o La Nación destacou o uso de blindados, helicópteros e drones pelas forças de segurança, e descreveu as cenas vistas como “dantescas”.

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Ambos os veículos relembraram a origem do Comando Vermelho, surgido nas prisões do Rio de Janeiro nos anos 1970 e hoje uma das principais organizações criminosas da América do Sul.

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