quarta-feira , 18 junho 2025
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Carlos Bolsonaro sinaliza troca de estado e acirra disputa ao Senado em Santa Catarina

Vereador carioca há 25 anos, Carlos Bolsonaro (PL-RJ) pretende alçar voos maiores nas eleições de 2026 e, para isso, a família do ex-presidente da República analisa o cenário nacional e a possibilidade de ter dois representantes no Senado. O filho 01, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), deve disputar a reeleição no próximo ano e aparece como favorito a uma das duas vagas do estado fluminense. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), também cogita lançar candidatura ao Senado após deixar o Palácio da Guanabara.

No último domingo (15), Carlos usou as redes sociais para comentar a possibilidade de deixar o Rio de Janeiro, reduto eleitoral de Jair Bolsonaro, para disputar as eleições em outro estado. O vereador não divulgou o local para onde pode migrar o domicílio eleitoral, mas o nome do filho 02 do ex-presidente passou a ser cogitado como pré-candidato ao Senado por Santa Catarina.

“Hoje, quase por convocação, considero a possibilidade de atender ao chamado de disputar outro cargo no RJ ou em estado em que puder ser mais útil ao projeto de libertar o Brasil, sem jamais mudar minha essência”, postou Carlos Bolsonaro na rede social X. Segundo o vereador carioca, ele abriu mão de disputar um cargo de deputado federal ou como candidato a senador nas eleições de 2018 e 2022 para se concentrar na disputa presidencial com o pai como principal nome da direita brasileira.

Com a falta de espaço para uma candidatura no Rio e para evitar a concorrência com o próprio irmão, Carlos deixou claro que pode procurar um estado estratégico para o pleito de 2026. “Se concretizar essa mudança, levarei comigo a experiência conquistada na Câmara do Rio e aprendida observando meu pai para trabalhar pela região que irá me receber – e por todo o Brasil – certo de que valores não mudam com o CEP.”

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Se confirmada a migração para Santa Catarina, a presença de Carlos Bolsonaro deve aumentar a concorrência dentro do PL pelas duas vagas ao Senado naquele estado. O estado é considerado o mais conservador do país e administrado pelo governador Jorginho Mello (PL-SC), aliado do ex-presidente da República, o que coloca a direita como favorita para as próximas eleições.

Quem desponta na corrida pelo Senado em Santa Catarina são as deputadas federais Carol De Toni e Júlia Zanatta, ambas do PL. Ex-presidente do Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), De Toni aparece tecnicamente empatada com o senador Esperidião Amin (PP-SC) nas primeiras colocações dos cenários estimulados pela pesquisa Neokemp, divulgada na segunda-feira (16).

Após a notoriedade dos trabalhos da CCJ, De Toni chegou a receber o apoio do governador catarinense e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para a disputa ao Senado. Na liderança do PL Mulher, Michelle colocou a deputada federal entre as pré-candidatas preferidas para 2026. De acordo com a apuração da Gazeta do Povo, ela também teria o apoio de parte dos prefeitos do PL em Santa Catarina.

De Toni comentou que ainda é cedo para definir o futuro político nas eleições do próximo ano e que aguarda as tratativas entre Mello e o ex-presidente Bolsonaro em relação aos planos do PL em Santa Catarina. “A construção do meu nome tem sido feita de maneira natural, com total apoio do governador e da Michelle Bolsonaro. Confesso que estou surpresa com a boa aderência ao meu nome em todo o estado. Se o presidente Bolsonaro confirmar a mudança de domicílio do Carlos, acredito que o Jorginho vai gostar, pois reforça o lado bolsonarista na chapa”, afirmou em nota.

Nos bastidores, Bolsonaro chegou a comunicar por telefone à deputada Zanatta das intenções de Carlos em migrar o domicílio eleitoral para Santa Catarina. Ela também está no páreo interno do PL na corrida pelo Senado e teve um atrito com Mello por causa das articulações partidárias para as eleições do ano que vem. A parlamentar não confirma se recebeu a ligação do ex-presidente e não se manifestou sobre o assunto até a publicação desta reportagem.

Com duas vagas em disputa, o PL poderia até lançar dois nomes para o Senado, no entanto, a estratégia é considerada arriscada no meio político, mesmo em casos de coligações com dois nomes fortes de partidos aliados, por causa da possibilidade de divisão de votos, o que pode favorecer a eleição de uma candidatura de esquerda.

  • Metodologia da pesquisa citada: Neokemp Pesquisas realizou 1.080 entrevistas, com o método URA (Unidade de Resposta Audível), entre os dias 9 e 11 de junho de 2025, em 77 cidades do estado de Santa Catarina. A margem de erro é de 3,1%, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

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O governador Jorginho Mello afirmou que vai apoiar a candidatura de Carlos Bolsonaro pelo estado de Santa Catarina, caso essa seja a escolha do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

“O seu nome vem sendo cogitado para candidato ao Senado por Santa Catarina, numa articulação em conjunto com o PL nacional e o presidente Bolsonaro. Se for a escolha do presidente, será a minha. No final, é o povo catarinense quem vai decidir quem será seu representante. Acredito no potencial de Carlos em Santa Catarina e acredito no seu trabalho para nos representar e ajudar o Brasil”, declarou Mello em nota à imprensa, durante a missão internacional à Ásia.

Nas eleições municipais de 2024, o governador catarinense manifestou apoio a Jair Renan Bolsonaro (PL-SC), que foi eleito para a Câmara Municipal de Balneário Camboriú. O filho 04 do ex-presidente era o único que ainda não tinha sido eleito para um cargo político. No ano passado, o vereador Carlos Bolsonaro bateu recorde na reeleição à cadeira legislativa no Rio, com mais de 130 mil votos.

A influência estadual do dono da Havan, Luciano Hang – aliado da família do ex-presidente – também é vista como favorável para impulsionar a campanha de Carlos Bolsonaro. 

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