O plano de paz do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve um primeiro avanço significativo no Oriente Médio na noite de quarta-feira (8), o que gerou uma comoção em massa no mundo, apesar de uma margem de receio com os próximos passos a serem implementados.
O presidente da Argentina, Javier Milei, parabenizou Donald Trump ainda na quarta-feira “por ter alcançado um acordo de paz histórico entre Israel e o Hamas”. O libertário, principal aliado do republicano na América do Sul, considerou o presidente americano merecedor do Prêmio Nobel da Paz.
“Parabéns ao presidente @realDonaldTrump”, escreveu Milei na rede social X, acrescentando: “Quero aproveitar esta oportunidade para dizer que assinarei a indicação de Donald J. Trump ao Prêmio Nobel da Paz, em reconhecimento à sua extraordinária contribuição para a paz internacional”. Segundo Milei, “qualquer outro líder com tais conquistas já o teria recebido há muito tempo”.
O governo do Reino Unido foi um dos primeiros a comemorar o anúncio do republicano. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que a primeira fase do plano de paz para Gaza deve ser implementada “sem demora”, com prioridade para o levantamento imediato das restrições à ajuda humanitária que chegam ao enclave.
“Este é um momento de profundo alívio que será sentido em todo o mundo, mas especialmente pelos reféns, suas famílias e a população civil de Gaza, que suportaram um sofrimento inimaginável nos últimos dois anos”, disse o premiê em um comunicado divulgado durante uma visita oficial à Índia.
O líder trabalhista expressou sua gratidão pelos “incansáveis esforços diplomáticos” do Egito, Catar, Turquia e Estados Unidos, apoiados por parceiros regionais, para alcançar “este primeiro passo crucial”.
Na Alemanha, o governo do chanceler Friedrich Merz saudou a primeira fase do acordo alcançado entre Israel e o Hamas como um momento de renovação das esperanças.
“Os primeiros passos do acordo entre Israel e o Hamas são encorajadores. Eles oferecem uma nova esperança: para os reféns e suas famílias, para o povo de Gaza e para toda a região”, escreveu o alemão em uma mensagem em sua conta no X, onde afirmou que “pela primeira vez em muito tempo, há uma perspectiva real de paz”.
“Apelamos a todas as partes para que cumpram suas promessas, acabem com a guerra e abram caminho para uma paz duradoura”, acrescentou o chanceler.
A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, comemorou nesta quinta-feira (9) o acordo alcançado por Trump. Ela apelou a todas as partes para que cumpram integralmente os termos do pacto.
“Saúdo o anúncio de um acordo para garantir um cessar-fogo e a libertação dos reféns em Gaza, com base na proposta apresentada pelo Presidente dos Estados Unidos”, escreveu a política alemã nas redes sociais. Von der Leyen acrescentou que a União Europeia continuará a apoiar “a entrega rápida e segura de ajuda humanitária a Gaza”.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, agradeceu ao presidente Donald Trump por “abrir caminho” para a paz em Gaza, facilitando um acordo entre Israel e Hamas.
“O acordo alcançado no Egito para a implementação da primeira fase do Plano de Paz do presidente Trump é uma notícia extraordinária que abre caminho para um cessar-fogo em Gaza, a libertação de todos os reféns e a retirada do exército israelense das linhas acordadas”, aplaudiu a líder italiana em um comunicado.
Meloni, uma das principais aliadas de Trump na Europa, agradeceu a ele por “ter buscado incansavelmente o fim do conflito em Gaza”, bem como a mediadores como Egito, Catar e Turquia por “seus esforços cruciais” para concretizar o plano. Ela também anunciou a disposição da Itália de “apoiar os esforços dos mediadores” e contribuir “para a estabilização, reconstrução e desenvolvimento de Gaza”.
Na França, o governo de Emmanuel Macron recebeu o anúncio com esperança. O presidente francês disse que a primeira fase do plano de paz para Gaza impulsado pelos Estados Unidos supõe uma “enorme esperança” para todas as partes, instando as partes a respeitarem “estritamente” os termos do pacto.
O pacto supôs “uma imensa esperança para os povos e suas famílias, para os palestinos de Gaza, para a região”, disse Macron em uma mensagem em suas redes sociais.
O governo da Austrália saudou o anúncio feito por Trump, destacando seu apoio à disposição do plano que exclui o Hamas de qualquer papel na futura administração de Gaza e reiterou seu compromisso com uma “solução justa e duradoura de dois Estados”.
“Há um longo caminho pela frente para a recuperação de Gaza, a garantia de uma paz duradoura e a construção do Estado Palestino”, diz o comunicado.