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Caiado promete anistia para réus do 8 de janeiro e da trama golpista se eleito

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado ( União Brasil), disse nesta segunda-feira que o primeiro ato de um eventual governo caso seja eleito presidente em 2026 seria a concessão de uma “anistia ampla, geral e irrestrita” tanto para os réus que participaram das invasões às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 quanto para os acusados de promover uma tentativa de golpe de Estado. Nesse segundo grupo figura o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que hoje responde a um processo no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Meu primeiro ato, se for eleito presidente da República, vai ser exatamente assinar a anistia a todos. A partir de agora vamos discutir um outro momento na vida política nacional. Chega desse assunto. Acabou esse assunto”, afirmou durante entrevista ao programa ‘Roda Viva’, da TV Cultura.

Caiado evitou responder com todas as letras se acredita ou não que houve uma tentativa de golpe após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Bolsonaro na eleição de 2022, mas confirmou que sua proposta de perdão presidencial se aplicaria também aos mentores dos ataques. Mesmo que isso signifique ir na direção contrária a uma ou mais decisões do Poder Judiciário.

“Não se governa na subjetividade. Governa-se de fatos concretos. Subjetivo é muita coisa. Qual é o fato concreto? Este fato já tem dois anos e seis meses, não dá mais para ficar esperando isso aí e o Brasil parado discutindo anistia, discutindo penalizar essas pessoas. Desenharam uma situação que não tem outra pauta para o Brasil. Eu como candidato a presidente tenho que ter posições claras. A posição minha será exatamente anistiar.”

Assim como evitou responder diretamente sobre a tentativa de golpe após a eleição de 2022, Caiado também tergiversou a respeito do período de ditadura no Brasil (1964-1985). Perguntado se houve ou não ditadura militar, respondeu que existiu um “movimento” após uma “circunstância” criada por Jânio Quadros e João Goulart “quebrar toda a ordem nacional”:

“Teve restrições por atos institucionais em um período em que aconteceram barbaridades. Você tem que analisar o fato de 1964 com os olhos de 1964. Tudo isso foram situações criadas que provocaram todo esse processo de reação, e que nós viemos para a anistia plena, geral e irrestrita. Era um processo conflagrado que teve o Brasil.”

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O governador goiano se declarou como “o mais longevo opositor ao PT no Brasil” e criticou o governo Lula, embora seu partido tenha cargos na Esplanada. Caiado justificou que essa situação não é exclusiva do União Brasil e disse que a convenção pré-eleições de 2026 indicará o caminho que a legenda seguirá. Para Caiado, o governo petista está “desintegrando”.

Em relação à possibilidade de não ser o único candidato da direita no pleito do ano que vem, o governador goiano disse não ver problema, apostando que a situação mudaria no segundo turno devido a uma “convergência de princípios”. Disse que a candidatura de Bolsonaro ou de alguém indicado pelo ex-presidente é uma “decisão de ordem pessoal dele”.

“Tenho que fazer a tarefa de casa minha. Ele (Bolsonaro) tem todo o direito de ser candidato, de indicar o candidato dele. Isso é prerrogativa dele. Eu sou uma pessoa que nunca ocupei um cargo por nomeação, sempre foi por concurso público. Nunca fui candidato apadrinhado, nem candidato de barra de saia de ninguém”, afirmou.

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Mesmo sendo aliado do ex-presidente, Caiado não fez elogios ao governo de Bolsonaro. Disse que o Brasil teve um “grande estadista” com Juscelino Kubitschek, mas que depois disso “realmente fica a desejar muito”.

Ao longo de sua entrevista, Caiado também defendeu mandatos fixos para os ministros do Supremo — para ele, o atual modelo de mandato vitalício cria uma “situação de acomodação e ampliação de poderes e prerrogativas” — e disse que, se eleito, pretende restringir a liberação de emendas parlamentares para que a quantia indicada pelos deputados e senadores “fique onde deve ficar”. Para o pré-candidato ao Planalto, os valores indicados pelos parlamentares devem servir para cumprir o plano de governo do presidente, que “não pode ser figurativo”.

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