O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está realizando neste momento uma grande operação militar no Caribe. A ação em curso na região, oficialmente voltada para o combate ao narcotráfico, envolve porta-aviões nucleares, destróieres, submarinos de ataque, cruzadores lançadores de mísseis, caças F-35 e bombardeiros estratégicos, sob o comando do Comando Sul dos Estados Unidos (Southcom).
Desde o início da mobilização, em agosto, o Pentágono enviou mais de dez embarcações de guerra para o Caribe, incluindo seis contratorpedeiros da classe Arleigh Burke, três navios de assalto anfíbio e um submarino nuclear de ataque.
Entre os principais meios deslocados está o porta-aviões nuclear USS Gerald R. Ford, o maior e mais moderno da frota americana. O porta-aviões está se deslocando para a região neste momento – deve chegar no local na semana que vem – acompanhado de oito escoltas, entre eles o cruzador USS Lake Erie e os destróieres USS Mahan, USS Bainbridge e USS Winston S. Churchill. O USS Gerald Ford transporta mais de 75 aeronaves, entre caças F/A-18 Super Hornet e F-35 Lightning II, além de aviões de alerta aéreo E-2 Hawkeye e 4,8 mil tripulantes.
Já está operando no Caribe neste momento o Grupo Anfíbio de Prontidão Iwo Jima, formado pelos navios USS Iwo Jima, USS Fort Lauderdale e USS San Antonio. As embarcações estão operando neste momento a menos de 200 quilômetros da costa da Venezuela e contam com o apoio dos fuzileiros da 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais dos EUA (22nd MEU), treinados para desembarques rápidos e missões de combate em território hostil.
Imagens de satélite veiculadas neste sábado (1º) pela emissora britânica pela Sky News mostraram o grupo realizando exercícios de tiro real no mar do Caribe.
Além das forças navais, os Estados Unidos posicionaram caças F-35 Lightning II e F/A-18 Super Hornet em bases aéreas de Porto Rico, e passaram a operar bombardeiros estratégicos B-52 e B-1B perto do litoral da Venezuela. Aeronaves de patrulha P-8A Poseidon também estão monitorando neste momento embarcações suspeitas do tráfico de drogas, enquanto helicópteros UH-1Y Venom e drones armados estão dando apoio às missões de vigilância e ataque, que já eliminaram cerca de 64 narcoterroristas, segundo a Casa Branca.
A Marinha dos EUA também mantém no Caribe o submarino nuclear USS Newport News, que está realizando neste momento operações de reconhecimento e rastreamento de rotas subaquáticas usadas por traficantes na região. Segundo fontes citadas pela BBC News, o submarino integra as ações de bloqueio e vigilância junto ao Comando Sul, que coordena os ataques a barcos e a destruição de embarcações utilizadas por cartéis.
O reforço mais recente foi o envio de um novo cruzador lançador de mísseis que deixou a base naval de Norfolk, na Virgínia, e se juntou às forças já posicionadas na região, conforme noticiado pelo The Washington Post e pelo portal The War Zone.
Até o fim de outubro, o comando militar americano confirmou 15 ataques a embarcações suspeitas de tráfico, com mais de 60 mortes. Os alvos são traficantes em geral e membros de grupos ligados aos cartéis Tren de Aragua e Cartel de los Soles, ambos apontados por Washington como organizações terroristas estrangeiras que possuem apoio do regime de Nicolás Maduro, que é procurado pelo governo americano.
Com todas as unidades em operação, o Comando Sul dos EUA deve contar com 13 embarcações de guerra e cerca de 10 mil militares mobilizados no Caribe.
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