Com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem para a Ásia, o novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, tem usado os seus primeiros dias no cargo, antes da posse marcada para quarta-feira, para reuniões internas com a equipe.
Principal nome do PSOL, o novo ministro também vem dando prioridade a temas como o debate de uma nova legislação para trabalhadores poe aplicativo.
Boulos contou ter recebido do presidente a missão de rodar os 26 estados do país para “colocar o governo na rua”. O plano tem relação com o projeto de reeleição de Lula em 2026.
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Na terça-feira, o novo ministro se reuniu com o seu colega da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira. A expectativa é que Boulos seja usado como arma do governo nas redes sociais.
O ex-líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) é o ministro com mais seguidores no Instagram (2,7 milhões) entre todos os titulares de pastas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é o segundo, com 2,5 milhões.
No mesmo dia, Boulos também se reuniu com o antecessor, Márcio Macêdo, e com os secretários do ministério. Não houve sinalização de mudança na equipe, mas a expectativa na pasta é que isso aconteça.
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Boulos postou nas redes sociais na quarta-feira o seu primeiro vídeo de dentro do gabinete no quarto andar do Palácio do Planalto. Na mensagem, ele mostrou a Praça dos Três Poderes e repetiu que recebeu do presidente a missão de ouvir as demandas populares.
No mesmo dia, o novo ministro recebeu no gabinete a visita da mulher, Natália Szermeta, que também registrou imagens nas redes sociais da nova sala do marido.
Boulos designou o seu companheiro de MTST, Josué Rocha, que coordenou suas campanhas a prefeito de São Paulo em 2020 e 2024, para organizar a transição com a equipe de Macêdo.
Uma das missões recebidas de Lula por Boulos é a de dialogar com os trabalhadores de aplicativos para tentar regulamentar a atividade, uma das promessas de campanha do petista em 2022 e até agora não cumprida.
As ideias do novo ministro da Secretaria Geral da Presidência para regulamentar o trabalho por aplicativo seguem a mesma linha do projeto enviado em março do ano passado pelo Ministério do Trabalho ao Congresso e que não andou por resistência dos parlamentares e da própria categoria. O envio do texto provocou uma crise no governo na época.
Em entrevista à GloboNews na quarta-feira, Boulos defendeu a necessidade de estabelecimento de um plano de previdência e seguro para os trabalhadores e do pagamento de um valor mínimo por hora de trabalho. As duas propostas constavam no PL que não andou e abrangia apenas dos motoristas e não dos entregadores.
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O novo ministro falou também na entrevista na necessidade de dar transparência para que os trabalhadores entendam como funcionam os algoritmos que os gerenciam. Boulos se comprometeu ainda a dialogar com os trabalhadores. Na época do envio do PL do Ministério do Trabalho, uma das principais críticas que foi que o texto não tinha anuência dos motoristas de aplicativos.
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