terça-feira , 17 junho 2025
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Bolsonaro soma três inquéritos abertos na PF; caso do cartão de vacina foi arquivado

A Polícia Federal (PF) concluiu e enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório final do inquérito que apura o uso ilegal de ferramentas de geolocalização da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) — caso que ficou conhecido como “Abin Paralela”.

Entre os indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ).

O inquérito aponta que a estrutura foi usada para monitorar adversários políticos, autoridades públicas, jornalistas e membros do Judiciário de forma clandestina, com ordens que teriam partido de Bolsonaro. O relatório sugere que o esquema teria sido aparelhado para garantir sua permanência no poder, especialmente durante o período eleitoral de 2022.

Este é um dos três inquéritos em curso que envolvem o ex-presidente no STF. Veja o andamento de cada um:

Arquivado: fraude no cartão de vacina

A investigação apurava se Bolsonaro e aliados forjaram certificados de vacinação contra a Covid-19 para burlar exigências sanitárias durante a pandemia. A PF havia indiciado o ex-presidente, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outros aliados por associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde. O caso ganhou repercussão após vir à tona que Bolsonaro teria usado o certificado falso para entrar nos Estados Unidos em 2022.

Contudo, em março de 2025, o ministro Alexandre de Moraes atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República e arquivou o inquérito. O órgão considerou que os indícios se baseavam exclusivamente na delação de Mauro Cid, sem provas complementares robustas, o que inviabilizaria a formulação de denúncia formal. O arquivamento não impede que o caso seja reaberto, caso surjam novos elementos.

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Em andamento: venda das joias sauditas

Neste inquérito, a Polícia Federal investiga a tentativa de desviar e vender joias de alto valor recebidas como presentes de autoridades sauditas ao governo brasileiro.

O material, segundo a legislação brasileira, deveria ter sido incorporado ao acervo público da Presidência da República. Em vez disso, parte das peças foi levada ilegalmente aos Estados Unidos e negociada com colecionadores, segundo os investigadores.

Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.

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A PF identificou movimentações financeiras e ações de pessoas próximas ao ex-presidente para ocultar a origem das peças e repartir os valores arrecadados. O caso segue em análise na PGR, que ainda não apresentou parecer.

Em andamento: tentativa de golpe de Estado

A investigação mais extensa envolve o indiciamento de Bolsonaro e de outros 36 nomes por envolvimento em uma trama para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, após o resultado das eleições de 2022. O plano incluía articulações dentro e fora do governo, elaboração de minutas golpistas, ataques ao sistema eleitoral e tentativas de envolver as Forças Armadas em uma ruptura institucional.

Segundo o relatório da PF, a chamada “minuta do golpe” teria sido discutida por aliados diretos de Bolsonaro, incluindo assessores militares, ex-ministros e operadores políticos. O documento previa a prisão de ministros do STF e do TSE, além da decretação de estado de sítio. A investigação cruzou provas obtidas com Mauro Cid e dados de celulares e e-mails, revelando a atuação de um núcleo central coordenado por Bolsonaro para manter-se no poder mesmo após a derrota eleitoral.

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A ação penal está na fase final. O ministro Alexandre de Moraes deu prazo para as defesas dos indiciados se manifestarem. A expectativa é de que o julgamento pela Primeira Turma do STF ocorra ainda no segundo semestre de 2025.

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