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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso teve um mal estar, nesta quarta-feira (15), e passou por exames no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília. A indisposição ocorre nos últimos dias do magistrado na Corte. Ele anunciou sua aposentadoria antecipada na semana passada.
Barroso apresentou um quadro de pressão baixa e, por volta das 16h, decidiu ir ao hospital, onde permanece em observação para a realização de exames. Em nota, o gabinete do ministro informou que a suspeita inicial é de virose
“O ministro Luís Roberto Barroso se sentiu mal durante a tarde desta quarta-feira (15/11), no STF, e foi ao pronto-atendimento do Hospital Sírio Libanês, em Brasília. A suspeita inicial foi virose, mas o ministro passa por uma bateria de exames neste momento para identificar a causa. Ele ficará internado na noite desta terça”, diz o comunicado.
Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o decreto que concede a aposentadoria antecipada a Barroso. O documento foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Com 67 anos, ele poderia permanecer no cargo até os 75 anos, idade limite do trabalho no funcionalismo público. A decisão garantiu a Lula a terceira indicação ao STF deste mandato.
Oficialmente, o último dia de Barroso no Supremo será neste sábado (18), mas, na prática, ele deve trabalhar até sexta-feira (17). O ministro informou que ao longo desta semana devolverá os processos em que pediu vista (mais tempo para análise).
Ao anunciar a saída da Corte, o magistro citou o impacto do cargo em sues familiares e disse que pretende dedicar mais tempo à vida pessoal, à espiritualidade e à literatura. “Os sacrifícios e os ônus da nossa função acabam se transferindo aos nossos familiares e às pessoas queridas, que não têm sequer responsabilidade pela nossa atuação”, afirmou em seu discurso de despedida.
“Deixo o Tribunal com o coração apertado, mas com a consciência tranquila de quem cumpriu a missão de sua vida… Não foram tempos banais, mas não carrego comigo nenhuma tristeza, nenhuma mágoa ou ressentimento. E começaria tudo outra vez, se preciso fosse”, acrescentou.
