A megaoperação policial realizada no final de outubro contra o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que terminou com 113 presos e 121 pessoas mortas, quatro delas policiais, foi um dos temas do debate presidencial realizado no Chile na noite de segunda-feira (10).
Os oito candidatos do primeiro turno, que será realizado no domingo (16), manifestaram opiniões divergentes quando foram perguntados se fariam operações no Chile semelhantes à ocorrida no Rio de Janeiro e sobre suas propostas para a segurança pública.
Segundo informações da rádio Bío-Bío, o direitista José Antonio Kast respondeu que o governo do esquerdista Gabriel Boric, que não pode concorrer à reeleição porque a legislação chilena não permite mandatos presidenciais consecutivos, “não tem uma resposta concreta para combater o crime organizado”.
“Precisamos retomar o controle das prisões. Fechar as fronteiras e fornecer apoio jurídico e político às nossas polícias”, acrescentou Kast.
O também direitista Franco Parisi respondeu que, caso eleito, haverá “bala ou prisão para criminosos” e prometeu “reforçar a Lei Antiterrorismo”.
“Com Parisi como presidente, vamos colocar os militares nas ruas, para cada prefeito, independentemente da filiação política. Este [crime organizado] é um problema global”, disse. “Realizaremos operações de comando para matar narcoterroristas.”
Quando os candidatos foram perguntados sobre quem pretendiam nomear para ministro da Segurança, a conservadora Evelyn Matthei disse que a gangue venezuelana Tren de Aragua “representa um risco brutal” para o Chile e que o país precisa “de um ministro que os coloque na cadeia ou no cemitério”.
Por sua vez, a esquerdista Jeannette Jara, candidata de Boric, disse que “um nome por si só não resolverá o enorme problema do crime organizado em nosso país”.
“Além de fortalecer a polícia, temos que ir atrás do dinheiro sujo. Há candidatos aqui que não querem levantar seu sigilo bancário”, disse, ao citar suas propostas na área de segurança.
O independente Harold Mayne-Nicholls, ex-presidente da Federação de Futebol do Chile, criticou a operação no Rio de Janeiro.
“Eu não gostaria de ver uma operação como a do Brasil no nosso país. Em todos os debates, há uma incrível falta de humanidade e bom senso. Investir em inteligência, é o que eu faria [na área de segurança]”, disse HMN, como é conhecido.
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