terça-feira , 7 outubro 2025
💵 DÓLAR: Carregando... | 💶 EURO: Carregando... | 💷 LIBRA: Carregando...

As hipóteses apontadas por Derrite para contaminação por metanol em bebidas no estado

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta segunda-feira (6) que as investigações sobre a intoxicação por metanol no estado ainda não chegaram a uma conclusão sobre a origem da contaminação.

Até este domingo (5), o Ministério da Saúde contabilizava 225 casos suspeitos de intoxicação pela substância no país.

Segundo Derrite, duas hipóteses são analisadas como mais prováveis pela força-tarefa paulista:

LISTA GRATUITA

10 small caps para investir

A lista de ações de setores promissores da Bolsa

1. Lavagem de vasilhames com metanol, substância tóxica usada indevidamente para limpar garrafas reutilizadas na falsificação de destilados;

2. Mistura acidental ou intencional de metanol com etanol, utilizada para aumentar o volume de bebidas adulteradas vendidas como gim, vodca e uísque.

“Essas duas possibilidades estão sendo investigadas. Ainda não temos respostas conclusivas sobre a contaminação, mas há fortes indícios de uso do metanol na higienização de garrafas e nas misturas com etanol em fábricas clandestinas”, afirmou Derrite durante coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

Continua depois da publicidade

Governo nega envolvimento do PCC

Derrite também reafirmou que não há indícios de ligação do crime organizado, especialmente do PCC (Primeiro Comando da Capital), com os esquemas de adulteração de bebidas.

“Não há nenhum indício de participação do crime organizado”, disse o secretário, ao apresentar o pacote antimetanol do governo paulista.

A declaração reforça a posição já defendida pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), que tem negado o envolvimento da facção, tese contestada por integrantes do governo federal e da Polícia Federal, que mantêm a hipótese sob apuração.

Continua depois da publicidade

No fim de setembro, Tarcísio havia descartado qualquer elo entre o PCC e as bebidas adulteradas, após as investigações federais associarem a facção a um esquema de importação irregular de metanol usado em combustíveis.

Prisões e fábricas clandestinas

Segundo Derrite, as destilarias clandestinas fechadas nas cidades de Americana, Sumaré, São Bernardo do Campo e Osasco não eram operadas por integrantes do crime organizado.

“Nenhum dos 41 presos até agora no estado é faccionado”, afirmou o secretário.

Continua depois da publicidade

De acordo com ele, os grupos identificados podem ter atuado de forma associada, mas sem estrutura hierárquica ou divisão de funções que caracterizem o funcionamento de uma facção.

“O crime organizado em São Paulo busca lucro exponencial no tráfico internacional de cocaína. Não faria sentido migrar para um negócio muito menos rentável, como a falsificação de bebidas”, questionou Derrite.

Crise de saúde pública

A crise do metanol ganhou força em agosto e levou o governo de São Paulo a montar uma força-tarefa conjunta entre as secretarias da Segurança Pública, Saúde, Fazenda e o Procon-SP.

Continua depois da publicidade

Mais de mil garrafas foram apreendidas em operações realizadas desde então, e ao menos dez estabelecimentos foram interditados por suspeita de irregularidades fiscais e sanitárias.

O Ministério da Saúde confirmou 16 casos de intoxicação por metanol, sendo 14 em São Paulo e 2 no Paraná, além de duas mortes no território paulista e 13 óbitos sob investigação em cinco estados.

O governo paulista anunciou um “pacote antimetanol”, com medidas que incluem rastreamento digital de notas fiscais, suspensão preventiva de registros estaduais e reforço nas fronteiras químicas.

fonte

Verifique também

Resposta simples para problema complexo está errada, diz Gilmar sobre pejotização

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que “não se pode resolver …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *