sexta-feira , 27 junho 2025
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Arrecadação de impostos bate recorde em maio e soma R$ 230 bi; governo elevou IOF no mês

A arrecadação de impostos federais em maio bateu recorde para o mês em 30 anos e somou R$ 230,1 bilhões de acordo com dados da Receita Federal divulgados nesta quinta (26). O montante representa um crescimento real de 7,7% na comparação com o mesmo período do ano passado e ocorreu em meio ao aumento do IOF para fechar as contas do ano.

A elevação do imposto, no entanto, foi frustrada na quarta (25) com a derrubada do decreto pelo Congresso com ampla margem de votos, sinalizando uma derrota para o governo inclusive por partidos da base aliada. O governo estima que terá de cortar R$ 12 bilhões, mas a Receita afirma que ainda terá de aferir qual será o impacto da medida.

“Assim que sair o decreto legislativo, vamos fazer a aferição precisa da arrecadação entre o período que [o decreto] vigorou e o que vai deixar de vigorar. Só aí teremos os efeitos precisos do impacto da decisão”, disse Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal.

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Os dados divulgados nesta quinta (26) foram os primeiros apresentados oficialmente neste ano, por conta da greve dos servidores da Receita Federal desde novembro do ano passado. Dos R$ 230,1 bilhões arrecadados, R$ 223,8 bilhões foram de receitas administradas pelo órgão, como Imposto de Renda, IPI, IOF, entre outros, e R$ 6,4 bilhões por outros departamentos, como royalties e depósitos judiciais.

No acumulado de janeiro a maio, a arrecadação totalizou R$ 1,2 trilhão, também um recorde para o período, com alta real de 3,95% frente ao mesmo intervalo do ano anterior, quando somou R$ 1,1 trilhão.

De acordo com a Receita Federal, o desempenho expressivo foi impulsionado principalmente pelo cenário macroeconômico mais favorável, pelo aumento do Imposto de Renda sobre ganhos de capital — influenciado pela elevação da taxa básica de juros (Selic) — e pela forte performance da arrecadação de tributos ligados ao comércio exterior.

No caso do comércio exterior, três fatores contribuíram para o aumento da arrecadação: o crescimento do volume de importações, a valorização média do dólar frente ao real e a elevação das alíquotas médias efetivas aplicadas sobre os produtos importados.

“Isso não significa que a gente aumentou as alíquotas dos produtos, mas que, na cesta de comparação, os contribuintes estão preferindo comprar produtos que estão sendo taxados a alíquotas mais altas”, explicou Marcelo Gomide, coordenador de previsão e análise.

Outro ponto destacado pelo Fisco é a ausência de eventos extraordinários que pudessem distorcer os dados de arrecadação, ao contrário do que ocorreu em 2024 em que houve a aplicação do imposto de renda sobre os rendimentos de capital, decorrente da tributação de fundos exclusivos. Também houve a postergação do pagamento de tributos para os contribuintes do Rio Grande do Sul, por conta da tragédia climática do mês de maio.

A Receita também apontou a disparada da arrecadação com os sites de apostas online – as “bets” – chegando a R$ 3 bilhões no acumulado do ano.

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