segunda-feira , 13 outubro 2025
💵 DÓLAR: Carregando... | 💶 EURO: Carregando... | 💷 LIBRA: Carregando...

Após dois anos de terror, refém israelense obrigado a cavar sua sepultura volta a abraçar os pais

“Esta é a sepultura em que acho que serei enterrado. O tempo está acabando.” As palavras ditas por Evyatar David, de 24 anos, em um vídeo divulgado pelo grupo terrorista Hamas em agosto, correram o mundo e se tornaram símbolo do sofrimento dos reféns israelenses capturados pelos palestinos durante o ataque de 7 de outubro de 2023. No registro, o jovem apareceu desnutrido, dentro de um túnel em Gaza, cavando a própria sepultura – acreditando que morreria ali.

Nesta segunda-feira (13), mais de 700 dias depois de ser sequestrado enquanto participava do festival de música Nova, Evyatar voltou a respirar o ar da liberdade e reencontrou os pais, Avishai e Galia, em um hospital no centro de Israel. Ele foi libertado junto a outros 19 reféns vivos como parte do acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Nas imagens divulgadas por agências internacionais, o jovem aparece sorrindo, incrédulo, com as mãos sobre a cabeça antes de abraçar os pais em lágrimas.

“Mal podemos esperar para abraçá-lo, senti-lo e respirar com ele novamente”, disse o pai, Avishai David, em entrevista à emissora Channel 12 dias antes de sua libertação.

Além da família, os amigos de Evyatar também acompanharam seu retorno com emoção. Omer Levi e Guy Melamed, que serviram ao lado dele na Marinha israelense e mantêm amizade desde a juventude, contaram ao The Jerusalem Post como viveram o momento em que o amigo foi levado pelo Hamas. Eles recordam do dia 7 de outubro de 2023, quando surgiram as primeiras imagens do sequestro, ocorrido durante o ataque terrorista ao festival de música Nova, onde Evyatar estava acompanhado de um outro amigo de infância.

“No começo pensamos que ele ainda estivesse em Israel, talvez em um abrigo, mas meia hora depois surgiu outro vídeo com ele sendo levado pelas ruas de Gaza. Foi quando percebemos que era tarde demais”, relatou Melamed.

Os dois viveram, à distância, a mesma angústia que tomou conta das famílias dos reféns. “É uma sensação horrível. Você começa a se sentir culpado por estar vivendo normalmente enquanto ele está em túneis em Gaza”, disse Melamed. Quando o vídeo de agosto mostrou o amigo cavando a própria sepultura, a dor virou desespero. “É como uma moeda de dois lados. Você vê o vídeo e é um sinal de vida, mas, ao mesmo tempo, percebe que o tempo está se esgotando”, lembrou Levi.

O acordo entre Hamas e Israel que trouxe de volta os últimos reféns cativos em Gaza incluiu a libertação de centenas de prisioneiros palestinos.

“Este acordo é muito difícil para o lado israelense. Estamos abrindo mão de muitos terroristas condenados, com sangue nas mãos. É uma decisão dura”, reconheceu Omer Levi ao Jerusalem Post. “Mas mostra os valores judaicos de preservar a vida. Tenho orgulho de fazer parte de uma sociedade disposta a sacrificar tanto por um indivíduo”, disseram.


fonte

Verifique também

Dino presidirá primeiro julgamento no STF com ação do “Núcleo 4” do suposto golpe

O ministro do Supremo tribunal Federal (STF) Flávio Dino assume nesta semana a condução de …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *