Anotações do advogado Cezar Bitencourt, que faz a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, delator no processo da trama golpista, mostram detalhes que antecipam a sua sustentação oral no Supremo Tribunal Federal (STF). A Primeira Turma da Corte iniciou, nesta terça-feira, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, Cid e outros seis réus por tentativa de golpe de Estado.
“Ele não estava no Brasil no 8 de janeiro. Não participou dos atos de invasão. Não comandou nenhum movimento militar. Não instigou, não planejou, não mobilizou ninguém. Mesmo assim, tentam imputar-lhe responsabilidade (…) Com base em quê? (…) Em suposições? Especulações? (…) Excelências! Nem aqui e nem na China”, diz o texto do defensor, flagrado no plenário da Primeira Turma.
O tenente-coronel Mauro Cid foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e é peça-chave do esquema, sendo o único a firmar acordo de colaboração premiada. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Cid funcionava como elo entre o ex-presidente e outros envolvidos, participando de reuniões e mantendo diálogo com outros militares réus por tentativa de golpe.
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Sua defesa sustenta no processo que a acusação da PGR está “contaminada por excessos, suposições e narrativas que dispensam a prova e atropelam garantias”.