O ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo, afirmou nesta sexta-feira (6) que órgãos de defesa de povos indígenas e do meio ambiente, bem como instituições como o STF e o Ministério Público, geram bloqueios à atividade produtiva brasileira no agronegócio.
Em uma palestra no evento de agronegócio GAFFFF, o atual secretario municipal de relações internacionais de São Paulo disse que “retirar o bloqueio vindo de Ibama, Funai, Ministério Público, Judiciário” ajudaria o futuro do país.
“O bloqueio da logística e da infraestrutura é parte do bloqueio da atividade produtiva. Essas corporações resolveram bloquear toda a infraestrutura do país”, disse. Rebelo afirmou ainda que o Ministério Público “deve ter todo o poder para combater a corrupção. Para parar o país, não”.
Afirmou ainda que o órgão “cumpre o papel de braço jurídico das ONGs”, sem explicar como.
No painel que reunia outras figuras próximas ao agronegócio, painelistas atribuíram uma “guerra de narrativas” sobre temas como a defesa do meio ambiente no setor, em que estariam envolvidos países europeus e organismos de cooperação como a ONU.
A diretora de relações internacionais da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori Andrade, defendeu que haveria uma incompreensão de órgãos como a Organização das Nações Unidas (ONU) e seu braço para alimentação e agricultura, a FAO, sobre a produção em ambientes tropicais.
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“O que queremos fazer na CNA é entrar nessas instituições e mostrar o que é nossa agricultura de verdade e tentar influenciar quem influencia”.
O conselheiro da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e da COSAG/FIESP, Christian Lohbauer, afirmou que há um discurso “muito europeu, anti-Brasil”. “Sendo europeu, nós temos que focar isso em um aspecto que os maiores problemas brasileiros, em particular na agricultura, são criados pelos próprios brasileiros”. Nisso, cita a disponibilização de dados do próprio governo brasileiro que possam servir como contestação por estrangeiros.