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Acordo de terras raras, redução de tarifas: o que sabemos sobre encontro de Trump e Xi

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ditador da China, Xi Jinping, se encontraram pessoalmente após seis anos e em meio a tensões comerciais nos últimos meses.

A reunião desta quarta-feira (29), no entanto, sinaliza que os dois países devem desescalar a disputa acirrada.

Trump anunciou nesta quinta-feira (30) que reduzirá de 20% para 10% as tarifas impostas a Pequim em retaliação pelo tráfico de fentanil. Segundo o republicano, o ditador Xi se comprometeu a reforçar os controles sobre os precursores químicos obtidos na China – os Estados Unidos afirmam que o opioide é produzido por cartéis mexicanos com o auxílio de traficantes chineses.

Ainda de acordo com Trump, o gigante asiático se comprometeu a comprar “quantidades enormes” de soja americana, algo que foi interrompido com a guerra comercial, e a facilitar as exportações de terras raras, mercado que a China atualmente domina no cenário global. Pequim teria prometido flexibilizar, por um ano, alguns dos controles impostos às exportações desses minerais processados, usados para fabricação de armas e outras tecnologias de uso comum, como celulares.  

Trump disse que também conversou com o ditador chinês sobre o conflito na Ucrânia. O republicano questionou Xi sobre como a China e os EUA poderiam trabalhar juntos “para pôr fim a essa guerra”. Desde a invasão russa, Pequim se tornou a maior apoiadora política e econômica do regime de Vladimir Putin.

O líder da Casa Branca informou que deve se reunir novamente com Xi em abril do próximo ano, na China. Trump revelou ainda que os dois não discutiram a questão de Taiwan, uma ilha autogovernada que Pequim considera uma província rebelde, que se tornou um dos pontos mais sensíveis da relação entre os dois líderes.

Como costuma fazer após encontros com líderes mundiais, o presidente americano considerou as conversas positivas, classificando-as como “incríveis”.

Posteriormente, o Ministério do Comércio da China confirmou detalhes do acordo conforme descrito por Trump, referentes à retomada da compra de soja, cooperação no combate ao fentanil e a flexibilização do controle sobre exportação de terras raras.

Ainda, a pasta informou que China e Estados Unidos suspenderão por um ano as tarifas portuárias que vinham impondo um ao outro. O ministério afirmou em um comunicado à imprensa que Washington “suspenderá a implementação das medidas adotadas em sua investigação sob a Seção 301, que visam os setores de transporte marítimo e logística da China”, e que a China, por sua vez, suspenderá as tarifas que impôs em retaliação a navios americanos.

Desde 14 de outubro, a China vinha impondo uma tarifa portuária a navios americanos, no mesmo dia em que Washington começou a impor tarifas a navios de propriedade, com bandeira ou construídos na China, como parte de uma investigação da Seção 301 sobre os setores marítimo e de transporte do país. As tarifas a serem eliminadas pelo acordo são de US$ 50 por tonelada líquida para navios chineses que entrassem em portos dos EUA e de US$ 56 por tonelada líquida para navios americanos que chegassem a portos chineses.

A bordo do Air Force One, de volta a Washington, Trump não escondeu sua expectativa de que os países assinem “em breve” um acordo comercial abrangente.

Alguns analistas comerciais, no entanto, enxergam esses acordos estabelecidos entre China e Estados Unidos durante a reunião como marginais e uma vitória de Pequim, citando a questão das terras raras.

Com a guerra comercial em seu auge, o regime de Xi estabeleceu controles rígidos sobre a exportação de terras raras, em abril, o que irritou Trump. Em outubro, Pequim intensificou ainda essas restrições, incluindo o aumento do número de elementos de terras raras que poderiam ser exportados.

Apesar de ter concordado com a flexibilização, espera-se que Pequim atrase as novas regras para exportação desses minerais a fim de prejudicar a economia americana.

Em relação à redução das tarifas relacionadas ao fentanil, isso pode trazer algum alívio imediato para importadores americanos e tornar a China relativamente mais competitiva em termos de custos para o fornecimento desses produtos.

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