O chefe do Comando Norte dos Estados Unidos, general Gregory Guillot, confirmou nesta quinta-feira (13) que o Pentágono usa vigilância aérea para monitorar cartéis de drogas no México.
Ao ser questionado em uma audiência no Senado, o comandante explicou que os cartéis mexicanos são monitorados “por meio de reconhecimento aéreo para obter mais informações sobre eles e descobrir como combater suas ações”.
Guillot respondeu também ao senador republicano pela Flórida Rick Scott que o Exército dobrou suas forças na fronteira com o México em uma semana em apoio ao Departamento de Segurança Nacional (DHS, na sigla em inglês).
Scott levantou a possibilidade de levar um “grupo de ataque de porta-aviões para o Golfo da América” (Golfo do México), mas o general descartou isso por enquanto.
Ele admitiu, no entanto, que o Pentágono precisará de “uma presença marítima significativamente maior em cooperação com a Guarda Costeira”.
A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, disse hoje que não está “alarmada” com possíveis voos espiões realizados pelos Estados Unidos perto do México, embora tenha dito que pedirá uma explicação a esse respeito.
“Faz parte do diálogo, da coordenação que estamos fazendo. Não estamos alarmados, digamos, eles estão voando sobre seu território e o que estamos pedindo é coordenação e cooperação”, disse a mandatária.
De acordo com o jornal The New York Times, o Departamento de Estado dos EUA está planejando incluir em breve em sua lista de grupos terroristas o Cartel de Sinaloa, o Cartel de Jalisco Nueva Generación, o Cartel del Noreste, a Família Michoacana e os Carteles Unidos, todos sediados no México.
Essa medida serviria para cumprir a ordem executiva assinada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para declarar os cartéis de drogas como organizações terroristas.