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Zambelli, Eduardo e Ramagem: como ‘fuga’ de aliados ajudou a levar Bolsonaro à prisão

A alegada “fuga” do Brasil de três parlamentares que estiveram no círculo mais próximo de Jair Bolsonaro durante o seu governo foi um dos fatores essenciais para justificar a prisão do ex-presidente na manhã deste sábado.

Nos últimos meses, os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Carla Zambelli (PL-SP) deixaram o país. Nos casos de Ramagem e Zabelli, isso ocorreu no andamento de processos judiciais.

A decisão do trio, entretanto, serviu também para justificar o que os investigadores enxergaram como risco concreto e iminente de fuga de Jair Bolsonaro, com a repetição do mesmo roteiro dos seus aliados.

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Na decisão que determinou a prisão preventiva, Moraes deixou claro que não considerava os três casos como isolados, mas parte de uma estratégia recorrente de evasão do país. Segundo o magistrado, essa sequência de eventos tornou insustentável a manutenção da prisão domiciliar de Bolsonaro, monitorado apenas por uma tornozeleira eletrônica que foi alvo de violação durante a madrugada.

“Não bastassem os gravíssimos indícios da eventual tentativa de fuga do réu Jair Messias Bolsonaro acima mencionados, é importante destacar que o corréu Alexandre Ramagem Rodrigues, a sua aliada política Carla Zambelli, ambos condenados por esta Suprema Corte; e o filho do réu, Eduardo Nantes Bolsonaro, denunciado pela Procuradoria-Geral da República ( PGR) no Supremo Tribunal Federal, também se valeram da estratégia de evasão do território nacional, com objetivo de se furtar à aplicação da lei penal”, escreveu Moraes.

Relembre como ocorreu a saída de cada um dos envolvidos do país:

Eduardo Bolsonaro

Ao contrário dos outros dois aliados, Eduardo Bolsonaro foi o único que não havia sido, até então, denunciado quando decidiu sair do país. Entretanto, o deputado federal optou por se antecipar a possíveis medidas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Mais do que isso, sua atuação nos Estados Unidos, junto ao governo do país, para a imposição de sanções ao governo brasileiro e a ministros do Supremo Tribunal Federal é que foram o motivo de sua denúncia pela Procuradoria-Geral da República.

Eduardo Bolsonaro pediu licença do mandato da Câmara em março deste ano e anunciou sua mudança para o país norte-americano justificando perseguição política por parte de Alexandre de Moraes. De acordo com ele, sua permanência no exterior serviria para denunciar abusos cometidos pelo ministro do Supremo.

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Alexandre Ramagem

Mais recente, a situação do deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi mais grave, já que Ramagem já tinha sido condenado no âmbito do julgamento da trama golpista. Condenado a 16 anos e um mês de prisão, Ramagem estava proibido de deixar o país, mas conseguiu cruzar a fronteira e, posteriormente, chegar aos Estados Unidos, onde está morando em um condomínio de luxo na Flórida nas últimas semanas. A PF investiga como o parlamentar conseguiu deixar o país. Uma das suspeitas é que ele tenha atravessado por via terrestre para outro país da América do Sul e, de lá, viajou para os Estados Unidos.

Nesta sexta-feira, antes de determinar a prisão de Bolsonaro, Moraes também determinou a prisão de Alexandre Ramagem. Em nota, a defesa de Ramagem disse que “só foi comunicada da decisão do deputado de se ausentar do país nesta semana, e que por isso não se manifestará, por ora, sobre o fato e seus desdobramentos”.

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Em nota, a Câmara dos Deputados afirmou que Ramagem apresentou atestado médico de 9 de setembro a 8 de outubro e de 13 de outubro a 12 de dezembro.

Carla Zambelli

A deputada Carla Zambelli, por sua vez, adotou uma estratégia diferente para fugir do país. Condenada por falsidade ideológica pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli teve como destino final a Itália.

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Inicialmente, a parlamentar justificou a fuga para tratamento de saúde, mas posteriormente afirmou que, por ter cidadania italiana, não poderia ser extraditada pelo ministro Alexandre de Moraes. Em julho deste ano, entretanto, ela foi presa no país europeu após ter seu nome incluído na lista vermelha da Interpol a pedido do governo brasileiro. No final de outubro, o Ministério Público da Itália deu parecer favorável à extradição de Zambelli, mas até o momento ela permanece presa no país.

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