O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), foi internado na tarde deste sábado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Conforme boletim médico divulgado nas redes sociais do gestor, Caiado sofreu uma arritmia cardíaca e está estável, mas precisará passar por um procedimento cirúrgico para a “correção definitiva do distúrbio” no coração nas próximas 48 horas. Mais cedo, ele havia se manifestado sobre a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, definindo o momento como um “triste capítulo da vida política nacional”.
De acordo com o boletim, Caiado está “consciente”, “clinicamente bem” e permanece “em monitorização contínua”. Ele está em observação e seguirá internado até a realização do procedimento.
Até o final da manhã, Caiado era o único governador presidenciável que não havia se manifestado sobre a prisão de Bolsonaro. Antes, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), já haviam criticado a decisão de Moraes.
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No começo da tarde, o governador goiano publicou um vídeo em que endossou as críticas sobre a prisão de Bolsonaro. Ele afirmou que o ato é uma tentativa de “envergar a dignidade” do ex-presidente, o definiu como um homem “temente a Deus” e prestou solidariedade à família.
“A suposição de uma fuga, a partir de uma vigília, é tão improvável quanto à da derrubada do Estado Democrático de Direito, promovida por um bando de baderneiros (atos de 8 de janeiro de 2023). Tão pouco é razoável acreditar que alguém com a saúde tão debilitada e é monitorado pelo Polícia Federal teria condições de levar a cabo um plano de fuga”, questionou Caiado.
A prisão foi ordenada porque Moraes considerou que havia risco de fuga e não existiam mais condições para manter a prisão domiciliar de Bolsonaro. Além disso, o ex-presidente reconheceu ter usado um ferro de solda para tentar abrir a tornozeleira eletrônica que utilizava como medida cautelar por determinação do STF.
No despacho, Moraes afirmou que o ato revela a intenção de Bolsonaro de romper o equipamento para facilitar uma possível fuga, em meio à mobilização de apoiadores convocada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Em um vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar convocou uma “vigilía” de oração em frente ao condomínio onde mora seu pai.
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