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A liquidação do Banco Master, decretada pelo Banco Central do Brasil (BC) deve afetar 12,4 milhões de clientes e 515 trabalhadores. O levantamento é do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região. A entidade informa que, até o momento, não recebeu nenhum tipo de comunicação formal da empresa para tratar do fim das operações
“Além disso, acompanhamos com cautela possíveis efeitos indiretos sobre o Will Bank, que emprega 756 trabalhadores, considerando que eventuais desdobramentos envolvendo o Banco Master podem repercutir nas operações da instituição”, complementou o sindicato.
As ofertas de investimento do Master prometiam valores acima dos oferecidos pela concorrência. Em relação ao CDB (Certificado de Depósito Bancário), por exemplo, o retorno prometido era de 140% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), enquanto outros bancos pagam em média 100%.
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Durante a Operação Compliance Zero, a Polícia Federal revelou informações que podem ajudar a explicar as ofertas: as diligências apuram ” a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Tais títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada.”
A prisão soma-se à decretação de liquidação, ocorrida, de acordo com a decisão do BC, pela deterioração financeira da empresa.
Inaugurado em 1974, o Banco Master carregava o nome de Máxima Corretora. As suspeitas sobre a saúde financeira da instituição começaram a surgir em 2022. Mais recentemente, duas empresas manifestaram intenção de compra: o Banco de Brasília (BRB) e, praticamente no fim de sua jornada pelo sistema financeiro nacional, o grupo Fictor.
A PF estima que o esquema das carteiras de crédito possa ter movimentado R$ 12 bilhões. Além de prender Vorcaro, a polícia também apreendeu o jatinho particular que ele usaria para ir a Dubai, segundo a defesa, para tentar vender o Master. A aeronave é avaliada em R$ 200 milhões.
Quem possuía investimentos em CDB de até R$ 250 mil terá seu valor ressarcido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Pessoas com aportes acima disso entrarão em uma lista de credores.
