O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), indicou, na terça-feira (18), o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) para ser o relator do projeto de lei Antifacção, que busca estabelecer um marco legal para o combate ao crime organizado em todos os distritos federativos.
Em sua escolha, Alcolumbre destacou a capacidade de Vieira para ocupar o a relatoria. “O senador tem uma longa carreira jurídica e na polícia judiciária do estado de Sergipe. Tem uma experiência grande como profissão, mas agora também como legislador e senador. Também tem na sua agenda pessoal a proteção aos brasileiros contra o crime organizado.
Caberá a Vieira analisar no Senado o texto que endurece penas e cria tipos penais específicos para crimes cometidos por integrantes de facções. O projeto, relatado na Câmara pelo deputado e ex-secretário de Segurança Pública Guilherme Derrite (PP-SP), foi aprovado na 6ª versão em ampla maioria na Câmara, com 370 votos a favor e 110 contrários, após uma extensa discussão na Casa Legislativa.
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A aprovação do texto na Câmara é vista como uma derrota para o governo federal, que tentou adiar a votação e tirar Derrite do cargo de relator. Na prática, ao mesmo tempo que endurece penas, o projeto esvazia o poder de atuação da Polícia Federal ao retirar recursos financeiros de três fundos que atualmente financiam o combate ao crime.
Embora a aprovação do texto na Câmara seja considerado uma derrota para o governo, a escolha de Vieira para a relatoria no Senado é vista como um respiro na pauta. O senador atualmente relata a CPI do Combate ao Crime Organizado e é visto como uma figura que adota postura independente de governistas e oposição em sua atuação.
A trajetória de Alessandro Vieira
Nascido no Rio Grande do Sul, Alessandro Vieira mudou-se com a filha para Aracaju, em Sergipe, ainda na infância. Eleito senador em 2018 pelo estado, Alessandro Vieira é formado em direito e já atuou como delegado de polícia por 17 anos antes de iniciar a carreira política.
Em 2016, foi nomeado pelo então governador Jackson Barreto (MDB) para comandar a Polícia Civil no estado, mas foi exonerado do cargo no ano seguinte após iniciar um processo de prisões de grandes nomes investigados por corrupção.
No ano seguinte, Vieira se candidatou a senador pela Rede Sustentabilidade e foi eleito como a candidatura mais votada no cargo para o estado. No mesmo ano, o senador migrou de partido para o Cidadania após discordar da posição da Rede no segundo turno e apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro (PL).
Quatro anos depois, saiu do Cidadania e migrou ao PSDB para tentar disputar o governo de Sergipe, amargando em terceiro lugar com 10,88% dos votos válidos em 2022. Em 2023, se filiou ao MDB para dar continuidade ao mandato de senador.
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