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Mato Grosso já tem mais feminicídios em 2025 do que todo o ano de 2024

VANESSA MORENO

DO REPÓRTERMT

Mato Grosso já registrou 48 casos de feminicídio em 2025, número que supera o total do ano passado, que entre janeiro e dezembro contabilizou 47 ocorrências. Em novembro, duas mulheres já foram assassinadas, sendo uma em Sinop (a 498 km de Cuiabá) e a outra em Sapezal (a 469 km de Cuiabá).

Na manhã do dia 6 de novembro, Jthésica Barbosa Lima, de 24 anos, foi assassinada a facadas pelo marido, Sebastião Goiabeira Miranda, de 34, em Sinop. Após matar a esposa, o feminicida se enforcou e morreu na casa do casal.

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Já na manhã do dia 10, Dione Martins Vicensi, de 71 anos, foi atacada com um pé-de-cabra pelo próprio filho, Marion Martins Vicensi, de 40 anos, em Sapezal. No dia seguinte, ela não resistiu aos ferimentos e morreu.

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Outubro foi o terceiro mês de 2025 com o maior número de feminicídios, registrando seis casos em Nova Lacerda, Nobres, Sinop, Marcelândia, Peixoto de Azevedo e Lucas do Rio Verde. Em segundo lugar está maio, e no topo do ranking aparece junho, com dez assassinatos.

De acordo com o Observatório Caliandra, Sinop é o município com maior número de feminicídios, com cinco casos, seguido de Cuiabá, com quatro, e Várzea Grande, na região metropolitana, com três.

Os demais feminicídios ocorreram em Vera, Tangará da Serra, São José dos Quatro Marcos, São José do Rio Claro, Ribeirãozinho, Poxoréu, Pontes e Lacerda, Peixoto de Azevedo, Novo Santo Antônio, Nova Xavantina, Nova Mutum, Nova Lacerda, Nova Guarita, Marcelândia, Juscimeira, Jangada, Jaciara, Itiquira, Guarantã do Norte, Confresa, Bom Jesus do Araguaia, Apiacás, Alto Boa Vista e Água Boa.

Na maioria dos casos, as vítimas foram mortas com arma cortante: 22 mulheres. Outras 16 foram assassinadas a tiros. Cinco morreram por asfixia, quatro por instrumentos contundentes e uma foi queimada.

A motivação mais comum está relacionada a ciúmes, inconformismo com o fim do relacionamento e menosprezo ou discriminação contra a mulher.

A faixa etária predominante das vítimas é entre 25 e 29 anos.

Outros dados

Não foi apenas o ano anterior que 2025 superou. Os 48 casos registrados até agora ultrapassam também os últimos quatro anos, ficando atrás apenas de 2020, quando 62 mulheres foram mortas por razão de gênero.

De acordo com o gráfico de evolução do Instituto Caliandra, 2021 registrou 43 casos, seguido de 2022 com 47, 2023 com 46 e 2024 com 47.

Crime Hediondo

Desde 2015, o feminicídio é considerado crime hediondo no Brasil, ou seja, de extrema gravidade.

Além disso, em outubro do ano passado, foi sancionada a Lei 14.994/2024, de autoria da senadora Margareth Buzetti (PP), conhecida como Pacote Antifeminicídio, que endureceu as penas para feminicidas e ampliou os mecanismos de combate à violência de gênero.

Antes da nova legislação, o feminicídio era tratado como qualificadora do homicídio comum, com pena mínima de 12 anos e máxima de até 30 anos de prisão. Em vigor desde 10 de outubro de 2024, o Pacote Antifeminicídio estabelece pena mínima de 20 anos e máxima de 40 anos de prisão.


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