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Um ciberataque afetou nesta quinta-feira (13) diversos sites e serviços oficiais do governo da Dinamarca, provocando interrupções temporárias em portais públicos e plataformas empresariais. Segundo a agência Europa Press e a AFP, o ataque foi reivindicado pelo grupo pró-Rússia NoName057(16), que afirmou ter realizado uma ofensiva de negação de serviço (DDoS) contra sistemas governamentais e empresas dinamarquesas.
De acordo com a Agência de Proteção Civil da Dinamarca, os alvos incluíram ministérios, portais públicos e empresas de defesa e tecnologia, como o Ministério dos Transportes, o portal de serviços digitais Borger.dk e a companhia aeroespacial Terma. Esta última confirmou à AFP que detectou “tentativas de acesso não autorizado”, mas garantiu que não houve violação de dados nem danos à segurança.
Os ataques também atingiram os municípios de Tårnby, Ishøj, Gentofte e Rødovre, além das empresas GN Store Nord e Gyldendal, segundo verificou o portal The Local Denmark. Em nota, o porta-voz da Terma, Tobias Brun-Falkencrone, afirmou que a companhia reagiu rapidamente para conter a ofensiva.
“Estamos bem preparados para lidar com esse tipo de ciberataque. Agimos de forma imediata e não houve perda de dados”, disse à AFP.
O ministro da Segurança Pública, Torsten Schack Pedersen, alertou à emissora dinamarquesa Nyheder que os ataques podem se intensificar nos próximos dias, especialmente às vésperas das eleições municipais e regionais, marcadas para 18 de novembro. Segundo ele, o governo trabalha em cooperação com o Serviço de Inteligência de Defesa para reforçar a proteção da infraestrutura digital crítica.
O jornal The Straits Times, de Singapura, destacou que a ofensiva cibernética teria relação com o apoio da Dinamarca à Ucrânia na guerra contra a Rússia. Os ataques de negação de serviço são usados para sobrecarregar servidores e bloquear o acesso a sites oficiais.
Ainda conforme a Europa Press, os serviços afetados foram restabelecidos poucas horas depois e não houve indícios de roubo de informações sensíveis. O governo dinamarquês mantém vigilância reforçada diante de possíveis novos incidentes, em coordenação com empresas de tecnologia e especialistas em ciberdefesa.
Na semana passada, o grupo NoName057(16) também atacou o site do Serviço de Inteligência da Bélgica, em um episódio semelhante. De acordo com a emissora pública VRT, o ataque foi uma retaliação a declarações do ministro da Defesa belga sobre uma possível resposta da Otan a agressões russas.
