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APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O réu Sílvio Júnior Peixoto afirmou, durante depoimento no Tribunal do Júri, que o mandante do assassinato do empresário Gersino Rosa dos Santos, o “Nenê Games”, reclamou pelo fato de ele não ter descarregado toda a munição da arma de fogo durante o ataque. A declaração foi feita nessa quarta-feira (12), no primeiro dia de julgamento em Cuiabá, Mato Grosso.
“Ele pegou o carregador da arma e me perguntou por que eu não descarreguei a arma no cara. Disse que queria que eu fizesse como o irmão dele havia feito, descarregando todos os tiros”, relatou.
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O crime ocorreu em 23 de novembro de 2023, dentro do Shopping Popular, em Cuiabá. As vítimas foram Gersino, alvo do atentado, e o vendedor Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, que morreu por engano. Ambos foram atingidos pelo mesmo disparo de arma de fogo.
Os mandantes, também réus no processo, são Jocilene Barreiro da Silva e Vanderley Barreiro da Silva, mãe e filho. Eles teriam ordenado a morte de Gersino, pois acreditavam que ele teria mandado mandar Girlei Silva da Silva, vulgo Maranhão, de 31 anos, que era filho de Jorcilene.
Sílvio responde como executor do duplo homicídio.
Segundo o pistoleiro, ele tinha uma dívida de R$ 5 mil com Vanderley, que teria proposto o assassinato como forma de encerrar a dívida. O dinheiro recebido após o crime, segundo ele, não seria pagamento, mas uma ajuda para que deixasse a cidade.
Sílvio afirmou ainda que pensou em desistir, mas foi ameaçado por Vanderley para seguir com a execução. Ele disse que nunca havia cometido crimes, mas agiu movido pelo medo.
“Sim [fui ameaçado]. Todo tempo. Nunca imaginei passar por uma situação dessas. Mas ele disse que se não fizesse, quem ia morrer era eu”, afirmou.
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Julgamento suspenso
Após cerca de 10 horas de sessão, o julgamento dos três acusados foi suspenso na noite desta quarta (12). A expectativa é que os trabalhos sejam retomados nesta quinta-feira (13), a partir das 9h, no Fórum de Cuiabá.
Jocilene, Vanderley e Sílvio respondem por duplo homicídio qualificado por motivo torpe.
