quinta-feira , 13 novembro 2025
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Governo vê cenário diferente para indicação de Messias ao STF após votação de Gonet

Após votação apertada no Senado para a recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, o Palácio do Planalto não vê o mesmo cenário de dificuldade para Jorge Messias na hipótese de sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) ser feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Gonet foi reconduzido por 45 votos a 26, placar mais apertado desde a redemocratização. Agora, Lula faz cálculos políticos para assegurar uma aprovação sem sustos na Casa do seu indicado ao STF.

Aliados do presidente viram na votação de Gonet uma resposta direta à conduta do procurador-geral na denúncia do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo da trama golpista.

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As resistências a Messias no Senado, por outro lado, são de outra natureza. O nome preferido da maioria dos parlamentares é Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que já presidiu a Casa por dois mandatos.

Em relação a Gonet, o pedido pela condenção de Bolsonaro, segundo o governo, também resultou no maior índice rejeição já registrado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) — foram 17 votos favoráveis e 10 contrários após a sabatina.

Coube ao procurador-geral também a denúncia de todos os envolvidos na cadeia de comando da tentativa de golpe em 2022, que acabaram condenados pelo STF este ano.

O entorno presidencial avalia que no cenário em que Lula decida por Jorge Messias, o advogado-geral da União será avaliado pela sua trajetória profissional, ligação com governo e o PT, sem ter o mesmo passivo de Gonet com a ala bolsonarista.

O Planalto também pontua que, no momento em que ele for indicado por Lula, a disputa de Messias com outros cotados, como o próprio Pacheco e Bruno Dantas, deixa de existir e caberá a ele articular sua aprovação na Casa.

Assim como o PGR, o indicado por Lula ao STF precisa ser sabatinado pela CCJ e passar por votação no plenário no Senado, onde precisa ter 41 votos para ser aprovado.

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Embora Jorge Messias siga como favorito à vaga, o senador Rodrigo Pacheco e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, ainda não jogaram a toalha na disputa.

Ambos voltaram a se empolgar com placar de Gonet na recondução ao comando da PGR. Como mostrou O GLOBO, Lula tem intenção de chamar Pacheco e Dantas para uma conversa antes de anunciar sua decisão.

Na segunda-feira, o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou, em Belém, que Lula deveria encontrar Pacheco ainda nesta semana e que ele não via chance de recuo quando a escolha por Messias:

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“Eu sinceramente creio que o nome está lançado. Não vejo reversão”, afirmou Wagner.

Entre aliados de Pacheco e Dantas, o gesto de Wagner, ao assegurar que Lula não deve recuar, foi visto como uma forma de testar terreno de Messias na Casa, o que não necessariamente representaria uma decisão consolidada do petista.

O argumento do grupo é que Lula, em jogada ensaiada com seu aliado, usou Wagner para medir a temperatura do Senado. Wagner integra um grupo seleto de auxiliares com quem o presidente conversa sobre indicação ao Supremo.

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Há três semanas, o Lula conversou com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e adiou a escolha do substituto de Barroso para que amarrar melhor a indicação.

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