Governo deve elevar teto de imóvel do Minha Casa Minha Vida para R$ 275 mil, diz site

O governo federal deve propor o aumento do valor máximo dos imóveis financiados pelo programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) para famílias de menor renda. A proposta, segundo o G1, será apresentada nesta terça-feira (11) ao Conselho Curador do FGTS, que reúne representantes do governo, trabalhadores e empregadores.

A medida prevê que o teto do valor do imóvel para famílias com renda familiar bruta de até R$ 4.700 mensais — enquadradas nas faixas 1 e 2 do programa — suba dos atuais R$ 264 mil para até R$ 275 mil, a depender do município.

O ajuste amplia o número de imóveis elegíveis e deve facilitar o acesso de famílias de baixa renda ao financiamento habitacional.

A elevação do limite ocorre em meio aos esforços do governo para estimular o setor imobiliário e acelerar contratações habitacionais. Segundo técnicos do Executivo ouvidos pelo site, o reajuste corrige a defasagem de preços causada pelo aumento dos custos da construção civil e pela valorização de terrenos em diversas regiões do país.

A proposta será votada pelo conselho ainda nesta semana, e a expectativa é que as novas faixas entrem em vigor ainda em novembro. O ajuste faz parte de um conjunto de medidas voltadas a ampliar o crédito e impulsionar a geração de empregos na cadeia da construção civil.

Pacote habitacional

Nas últimas semanas, o governo anunciou um pacote de estímulos ao setor imobiliário, com foco tanto na classe média quanto na população de baixa renda. A estratégia inclui novas linhas de crédito e revisão dos limites de financiamento.

Em outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia elevado o valor máximo dos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, permitindo que mais famílias de renda média tivessem acesso a condições de juros subsidiadas.

Com o novo reajuste no Minha Casa Minha Vida, o governo busca recompor o poder de compra das famílias, manter o ritmo das contratações e estimular a construção de moradias populares, especialmente nas regiões metropolitanas, onde o preço dos imóveis tem crescido acima da média nacional.