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O ex-deputado estadual do PT e amigo de Lula, Paulo Frateschi, morreu aos 75 anos nesta quinta-feira (6) após ser esfaqueado pelo filho. Francisco Frateschi, de 34 anos, teria sofrido um surto psicótico e agredido o pai e a mãe (ela tentou intervir e teve um um braço quebrado), no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo.
Segundo a Polícia Militar, Frateschi levou facadas no braço e na cabeça, chegou a ser levado ao Hospital das Clínicas, na região central, mas não resistiu às facadas. O caso foi registrado no 91º Distrito Policial (Ceasa).
Não há maiores informações sobre os acontecimentos que levaram ao surto no boletim policial. A SSP informou que o local do crime foi preservado para ser periciado.
Trajetória
Frateschi é um membro histórico do PT. Quando estudante, combateu a ditadura militar e foi preso e torturado pelo regime em 1969. Mais tarde, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores, ao qual é filiado desde os primeiros anos. Frateschi organizou as caravanas de Lula em 2018 e hospedou o petista em sua casa em Parati (RJ), após a prisão do agora presidente.
Frateschi também exerceu o cargo de secretário municipal de Relações Governamentais nas gestões de Marta Suplicy e de Fernando Haddad.
Frateschi perdeu dois filhos, ambos em acidentes de carro. Um foi Pedro, morto em 2002, aos 7 anos, num acidente n Carvalho Pinto, em Guararema (SP). Em 2003, Júlio morreu aos 16 anos em outro acidente, na Rio-Santos, entre Parati, onde o político tem uma casa, e Angra dos Reis.
Petistas lamentam
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lamentou a morte do político. “Ex-presidente estadual do PT em São Paulo e dirigente histórico do partido, foi defensor incansável da democracia, com coragem e determinação”, afirmou Haddad.
“Filiado ao partido desde os primeiros anos da legenda, exerceu mandato de deputado estadual e atuou em movimentos sociais em defesa dos trabalhadores e das liberdades públicas. Foi ainda secretário municipal de Relações Governamentais na minha gestão na Prefeitura de SP, onde contribuiu com dedicação e excelência. Manifesto profunda solidariedade à companheira Yolanda, aos familiares e aos amigos”, completou.
O presidente nacional do PT, Edinho Silva, também lamentou a morte de Frateschi, chamando-o de “companheiro e dedicado militante do nosso partido” nas redes sociais.
“Durante toda a sua trajetória, nosso companheiro demonstrou coragem, integridade e compromisso com o PT e pela busca de um país mais justo. Paulo Frateschi deixa um legado marcado pela luta pela justiça e pela inclusão. Ele permanecerá vivo em nossos corações e nas ações que ele ajudou a inspirar”, escreveu Edinho Silva.
“A ausência do nosso querido Frateschi deixa uma lacuna irreparável entre amigos, familiares, companheiras e companheiros de luta. Manifestamos à família, aos amigos e a todos que com ele caminharam, a nossa mais sincera solidariedade. Paulo Frateschi presente, hoje e sempre”, completou.
