O porta-voz da Presidência da Nigéria disse neste domingo (2) que o governo busca uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após o líder americano ameaçar uma operação militar no país africano em resposta ao que chamou de ataques contra cristãos por terroristas islâmicos.
Segundo a agência France-Presse (AFP), o porta-voz Daniel Bwala afirmou que a publicação de Trump nas redes sociais foi interpretada pelo governo do presidente Bola Tinubu como um gesto político e não uma ameaça literal.
“Sabemos que Donald Trump tem seu próprio estilo de comunicação. Entendemos que o objetivo é forçar um diálogo entre os dois países para reforçar o combate ao terrorismo”, declarou Bwala, acrescentando que a Nigéria “recebe com satisfação o apoio americano, desde que respeite sua integridade territorial”.
“As diferenças, se existirem, serão discutidas e resolvidas quando os dois líderes se reunirem, seja na Casa Branca ou na sede do governo nigeriano”, completou Bwala.
Em mensagem publicada neste sábado (1º) na Truth Social, Trump afirmou ter pedido ao Pentágono que prepare um plano de ataque à Nigéria caso o governo local não detenha o massacre de cristãos.
“Se o Governo Nigeriano continuar a permitir o assassinato de cristãos, os EUA irão imediatamente suspender toda ajuda e assistência à Nigéria, e muito bem podem entrar naquele país agora desonrado, ‘armados até os dentes’, para erradicar completamente os Terroristas Islâmicos que estão cometendo essas horríveis atrocidades”, escreveu o presidente americano.
A declaração veio um dia após Trump recolocar a Nigéria na lista dos EUA de “Países de Preocupação Especial” por violações à liberdade religiosa.
Em nota, o governo nigeriano negou qualquer perseguição a cristãos e defendeu a liberdade de culto como princípio constitucional.
“A caracterização da Nigéria como um país religiosamente intolerante não reflete nossa realidade nacional, nem leva em conta os esforços constantes do governo para proteger cidadãos de todas as crenças”, afirmou a Presidência em comunicado.
O Ministério das Relações Exteriores também reagiu, dizendo que o país “continuará combatendo o extremismo violento em todas as suas formas” e que espera que “Washington permaneça um aliado próximo nessa luta”.
Em resposta a ordem de Trump, o secretário da Guerra dos EUA, Pete Hegseth, publicou em sua conta no X que o Departamento da Guerra está se preparando para agir.
“Ou o governo da Nigéria protege os cristãos, ou nós mataremos os terroristas islâmicos que cometem essas atrocidades”, disse.
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