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De “gringos, go home” a pedidos de investigação de Petro: a repercussão na Colômbia das sanções dos EUA

As sanções econômicas que o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac, na sigla em inglês) do Departamento do Tesouro dos EUA impôs nesta sexta-feira (24) ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, à esposa, Veronica del Socorro Alcocer Garcia, ao filho mais velho dele e a um ministro do seu governo estão tendo grande repercussão no país sul-americano.

Em nota, a pasta do governo Trump alegou que tomou a medida porque Petro permitiu que os cartéis de drogas “florescessem” e “se recusou a parar suas atividades”.

No X, Nicolás Petro Burgos, filho do presidente e também sancionado hoje, disse que a promotora do processo contra ele, Lucy Laborde, por suspeitas de que teria direcionado dinheiro do narcotráfico para a campanha de Petro em 2022 (acusação mencionada pelo Departamento do Tesouro), “declarou que meu caso não tem nada a ver com tráfico de drogas ou com a campanha presidencial”.

“Só por ser filho de Gustavo Petro, me colocaram injustamente na Lista Clinton [apelido da lista de alvos de sanções do Ofac]. É uma perseguição política e judicial sem precedentes. Recorrerei a organismos internacionais para defender meus direitos”, escreveu Petro Burgos.

Na mesma rede social, Armando Benedetti, ministro do Interior que também foi alvo de sanções do Ofac, escreveu “Gringos, go home” (“Gringos, voltem para casa” em inglês).

“Por ter defendido a dignidade do país e que o presidente Gustavo Petro não é traficante de drogas, me colocaram na lista do Ofac sem que eu os tivesse atacado. Isso demonstra que todo império é injusto e que sua luta antidrogas é uma farsa armamentista. Neste país, ninguém acredita na história de que sou traficante de drogas. Nunca entrei na casa de um único traficante. Para os EUA, uma declaração não violenta é o mesmo que ser traficante de drogas”, afirmou, em referência às críticas que o governo da Colômbia tem feito à operação americana contra cartéis no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico.

Mais cedo, o próprio Petro escreveu no X que recorrerá à Justiça americana. “Meu advogado de defesa será Dany Kovalik, dos Estados Unidos. Combater o tráfico de drogas por décadas e com eficácia me traz esta medida do governo da sociedade que tanto ajudamos para deter o seu consumo de cocaína [em referência aos EUA]. Um grande paradoxo, mas não recuarei e nunca me ajoelharei”, escreveu.

Por outro lado, opositores de Petro comemoraram as sanções econômicas contra o presidente colombiano e pediram que as acusações feitas pelo Ofac sejam investigadas.

Daniel F. Briceño, vereador de Bogotá que apresentou mais de 400 denúncias contra o governo Petro, escreveu no X que “o senhor Gustavo Petro é uma vergonha nacional e internacional”.

María Fernanda Cabal, senadora oposicionista, disse que “fazer acordos com criminosos, não reprimir o tráfico de drogas e evitar extradições tem consequências”.

“É urgente que os EUA revelem as provas contra Gustavo Petro, que agora foi incluído na Lista Clinton, com sua família e seu amigo Benedetti. Houve dinheiro do tráfico na sua eleição?”, afirmou a parlamentar.

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