A Polícia Federal deflagrou nesta terça (14) a sexta fase da Operação Overclean, que investiga o desvio de emendas parlamentares. Nesta nova ação, foi cumpria uma medida cautelar contra um suspeito, além de oito mandados de busca e apreensão e sequestro de bens e valores. Informações sobre o alvo e montantes não foram divulgados.
Segundo a autoridade, os mandados foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e cumpridos em Salvador e Amargosa, na Bahia, e no Distrito Federal.
“Com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de envolvimento em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro”, afirmou a PF em nota.
De acordo com a autoridade, os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, além de lavagem de dinheiro.
As operações da Polícia Federal contra o desvio de emendas parlamentares se tornaram frequentes após o PSOL protocolar uma ação no STF, o que levou o ministro Flávio Dino a uma crise com o Legislativo no ano passado.
Na quinta fase da Operação Overclean, desencadeada há três meses, foram cumpridos mandados em cidades da Bahia e de Pernambuco por suspeita de desvio de emendas mediante o pagamento de propina, manipulação de licitações e obstrução da investigação. Um servidor público foi afastado da função e R$ 85,7 milhões em bens de pessoas físicas e jurídicas foram bloqueados.
Antes disso, em junho, outra fase mirou políticos do PT, PSB e PDT também na Bahia envolvendo prefeitos e ex-prefeitos de três cidades e um assessor parlamentar do deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT-BA). O próprio parlamentar foi alvo de um mandato de quebra de sigilo telefônico, segundo fontes – ele negou as acusações.