O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) rebateu o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), pela alegação que a atuação do parlamentar nos Estados Unidos causou um “prejuízo gigantesco” para o “projeto político” da direita. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o “prejuízo foi gigantesco para o plano pessoal” de Nogueira e que não se pode “confundir o interesse” do senador “com o do Brasil”.
“Compadeço com o seu sentimento, pois também foi um grande prejuízo para mim, a diferença é que estou disposto a sacrificar os meus interesses pessoais pelo Brasil”, escreveu Eduardo no X.
Mais cedo, Nogueira afirmou que, antes das ações de Eduardo em relação ao tarifaço imposto por Donald Trump, as eleições do ano que vem estavam “completamente resolvidas”.
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O senador ponderou que também não saberia o que fazer caso seu pai estivesse “sendo injustiçado”, mas justificou que Eduardo “criou uma narrativa falsa” sobre as sanções — que, na visão de Nogueira, sequer foram aplicadas devido ao julgamento de Bolsonaro, como chegou a afirmar Trump. As declarações foram concedidas em entrevista à Band, divulgada neste sábado.
“Foi um erro. Já manifestei até para interlocutores do governo americano. O Trump deveria ter dito quem era o responsável real por essa situação, que era o presidente Lula, por ter atacado o dólar, pela questão do Brics”, afirmou Nogueira. “Nos prejudicou eleitoralmente”, completou.
O líder do PP afirmou, ainda, que toda a situação envolvendo o tarifaço, sob a justificativa de que teria sido causado por Bolsonaro, fez Lula “se aproveitar de uma forma muito ostensiva” de temas como a defesa da soberania.
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“O Lula ficou numa alegria muito grande com esse conflito para retomar sua popularidade. Espero que agora ele tenha responsabilidade e faça essa negociação como todos os países do mundo fizeram”, destacou Nogueira. “Eu não condeno o Eduardo (pelas articulações com os EUA), porque não sei o que faria se meu pai estivesse sendo injustiçado, mas foi um prejuízo gigantesco para o nosso projeto político”.