O ministro Luís Roberto Barroso anunciou nesta quinta-feira (9) sua aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF). O comunicado foi feito no encerramento da sessão plenária do Supremo.
Barroso, que tem 67 anos, presidiu o STF nos últimos dois anos e passou o comando da Corte na semana passada para o ministro Edson Fachin. Pela legislação, poderia seguir no cargo até 2033, quando completaria 75 anos — idade limite para ministros do Supremo.
“Sinto que agora é hora de seguir outros rumos, que nem sei se estão definidos. Não tenho qualquer apego ao poder e gostaria de viver um pouco mais a vida que me resta, sem as disposições, obrigações e exigências públicas do cargo — com mais literatura e poesia”, afirmou.
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Barroso enfatizou que sua decisão de deixar a Corte não está relacionada a circunstâncias políticas atuais, revelando que já havia comunicado sua intenção ao presidente Luiz Inácio da Silva há cerca de dois anos.
“Deixo o tribunal com o coração apertado, mas com a consciência tranquila de quem cumpriu a missão de sua vida. Não carrego arrependimentos”, declarou.
Trajetória
Barroso chegou ao Supremo em 2013. Ele foi indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff para a vaga deixada pelo ministro Carlos Ayres Britto, aposentado em novembro de 2012.
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Doutor em Direito Público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Barroso é professor titular de Direito Constitucional na mesma instituição.
Autor de diversos livros e artigos acadêmicos, também atuou como procurador do Estado do Rio de Janeiro antes de chegar ao STF.
(Matéria em atualização)