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Com defesa da Rouanet, Petrobras anuncia R$ 100 milhões para projetos culturais

A Petrobras anunciou um investimento de R$ 100 milhões até 2027 para apoiar projetos do audiovisual brasileiro. Os recursos devem contemplar a produção e distribuição de filmes e séries, a manutenção de salas de exibição e o patrocínio a festivais como Gramado, Tiradentes (MG), Bonito Cine Sur (MS) e Mostra de Gostoso (RN).

O anúncio foi feito na última quinta-feira, 2, durante cerimônia realizada na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), que marcou os 30 anos da retomada do cinema nacional e celebrou a longa parceria da estatal com o setor.

A cerimônia também rememorou o marco da chamada “retomada do cinema brasileiro”, associada ao lançamento de Carlota Joaquina, Princesa do Brasil (1995), dirigido por Carla Camurati.

Na ocasião, a Petrobras promoveu o debate “Petrobras e Cinema Brasileiro: 30 anos de história”, que reuniu o ator Rodrigo Santoro, o produtor Flávio R. Tambellini, a distribuidora Silvia Cruz e o gerente de patrocínios culturais da estatal, Milton Bittencourt, sob mediação da apresentadora e cineasta Marina Person.

O ator Rodrigo Santoro, convidado de honra, compartilhou lembranças pessoais relacionadas à empresa, citando que seu pai, imigrante italiano, trabalhou por décadas na Petrobras.

Ao comentar sobre leis de incentivo e patrocínio privado e estatal, Santoro disse: “Há muito preconceito em relação à Lei Rouanet e ao patrocínio cultural. Criou-se um estigma, mas é preciso compreender a importância desse fomento. Sem esse apoio, muitos dos filmes que hoje celebramos jamais teriam existido.”

Ao longo das últimas três décadas, a Petrobras patrocinou mais de 600 produções nacionais, entre longas, curtas e documentários. Entre os títulos apoiados estão obras como Cidade de Deus, Tieta do Agreste, O Quatrilho, Carandiru, Bacurau e o recente O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, premiado em Cannes e selecionado para representar o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar.

Segundo Milton Bittencourt, o objetivo é claro: “Nosso compromisso é fortalecer o cinema brasileiro, garantindo que ele continue a contar as histórias do país, dialogando com o presente e projetando o futuro.”

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Lista de 2024

Em dezembro de 2024, a Petrobras divulgou a lista de 140 projetos culturais que receberiam patrocínio até 2027, totalizando mais de R$ 250 milhões em recursos. Entre as iniciativas selecionadas estavam filmes, festivais, manifestações populares, shows, games, podcasts, exposições, discos e peças de teatro, escolhidos entre cerca de 8 mil inscritos, com base em eixos temáticos e dimensões transversais definidos pela empresa.

Na época, o anúncio gerou críticas nas redes sociais pelo atraso de aproximadamente quatro meses em relação ao prazo inicialmente previsto. Também foram registradas reclamações sobre o número de projetos contemplados, a concentração de proponentes em capitais e o apoio a iniciativas já consolidadas, como bienais do livro e grandes produtoras de audiovisual.

A lista completa dos selecionados foi disponibilizada no site da Petrobras, mas o documento trouxe poucos detalhes sobre cada proposta. Entre os projetos citados estavam o “festival de fomento e produção de palhaçaria feminina do Amapá”, o “musical inspirado em Sonho de uma Noite de Verão, de Shakespeare, com elementos da fauna, flora e folclore brasileiros”, e o “podcast infantil sobre as brincadeiras tradicionais do Brasil”.

Também receberam patrocínio produções como o “documentário sobre a comunidade quilombola Barra de Aroeira, que reivindica terras doadas no período imperial” e o “longa-metragem ficcional sobre o processo de alfabetização desenvolvido por Paulo Freire”.

Com informações da Agência Brasil.

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