O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, anunciou nesta quinta-feira (2) a proibição do uso da chamada linguagem neutra em todos os centros de ensino públicos do país.
“A partir de hoje fica proibida a chamada ‘linguagem inclusiva’ em todas as escolas públicas de nosso país”, escreveu Bukele em publicação no X.
A medida foi formalizada pelo Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia, de El Salvador, comandado pela ministra militar Karla Trigueros, que vem realizando diversas reformas na pasta e na educação do país.
No X, Trigueros disse que tinha determinado nesta quinta “a proibição da chamada ‘linguagem inclusiva’ em todos os centros educativos públicos e repartições ligadas ao ministério”.
“Com esta medida, de cumprimento obrigatório em nível nacional, garantimos o bom uso do nosso idioma em todo material e conteúdo, além de proteger a primeira infância, crianças e adolescentes de ingerências ideológicas que afetem seu desenvolvimento integral”, escreveu ela.
O memorando nº 22-2025, assinado pela ministra e divulgado no X, traz exemplos de expressões vetadas, como “amigue”, “companheire”, “alune”, “todxs”, “alun@” e “jovenx”, entre outras formas consideradas pela pasta “distorções da língua para atender à chamada ideologia de gênero”. O texto oficial afirma que a proibição busca “consolidar uma comunicação institucional clara, uniforme e respeitosa” e deverá ser seguida em materiais didáticos, livros, documentos administrativos, circulares e demais correspondências oficiais.
Segundo o ministério, a regra tem caráter obrigatório em todo o território nacional e deve ser observada por professores, diretores, técnicos e servidores da área educacional.
“Dessa maneira, garante-se o bom uso do idioma e evita-se a entrada de ideologias ou imposições globalistas que possam prejudicar o desenvolvimento integral dos estudantes”, diz o documento.